Oi anuncia nova marca para empresa de fibra óptica; confira o que muda
A companhia foi criada a partir da separação estrutural dos ativos de infraestrutura de fibra da Oi

Em processo de Recuperação Judicial, a Oi anunciou nesta quinta-feira (5), a marca V.tal. A empresa de rede neutra já é apresentada como a maior em infraestrutura de fibra óptica no Brasil. Avaliada em mais de R$ 20 bilhões e com cerca de 400 mil km de rede distribuídos entre as cinco regiões do País, a empresa é fruto da separação estrutural dos ativos de infraestrutura de fibra da Oi e deve investir até R$ 30 bilhões até 2025 para atender os clientes com banda larga fixa.
A V.tal viabilizará uma rede de alta velocidade para operadoras e provedores de internet, fornecendo infraestrutura para as principais operadoras de telecomunicações do Brasil, grandes conglomerados internacionais e mais de 260 provedores regionais. A meta é chegar às 32 milhões de casas atendidas até 2025. Atualmente são 12 milhões.
A Oi diz que a empresa já nasce com a maior infraestrutura de fibra óptica do País, já que aproveita os cerca de 400 mil km de fibra óptica da companhia.
“A V.tal será uma empresa de referência no mercado nacional e tem ambição de contribuir para o ecossistema que vai inserir o Brasil no mapa dos países mais digitalizados do mundo”, disse o Chief Commercial Officer da nova operação, Pedro Luiz Arakawa, acrescentando ainda que a companhia será também um player importante para a rápida expansão do 5G no Brasil, trazendo mais investimentos e mais desenvolvimento regional.
“Nossa proposta é atender as mais diversas empresas de telecomunicações, das operadoras aos provedores regionais, ajudando a expandir a oferta de banda larga de altíssima velocidade em todo o Brasil”, explicou Arakawa.
Antes chamada de Infra.Co, a V.tal será futuramente controlada por fundos de investimento do Banco BTG Pactual, após a conclusão do processo de transferência de participação de controle, atualmente com a Oi, que envolve as devidas aprovações do CADE e ANATEL.
Esse processo foi iniciado a partir da homologação do BTG como vencedor do processo competitivo conduzido pela Oi para a venda do controle de sua operação de infraestrutura de fibra. Segundo a Oi, "de maneira a garantir a neutralidade para todos os seus clientes", mesmo antes da conclusão desse processo, a empresa já conta com operação comercial, governança e administração apartadas das demais operações da companhia, o que assegura a sua atuação em conformidade com a regulamentação e normas do mercado.
Após o fechamento da operação de alienação de controle, os fundos de investimento do BTG assumirão a responsabilidade pela gestão da companhia, e a Oi permanecerá como acionista minoritária e cliente da empresa. A previsão é de que a operação esteja concluída até o fim de 2021.