Novo valor de benefício emergencial sai até sexta

Publicado em 19/08/2020 às 6:00
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O transporte público por ônibus da Região Metropolitana do Recife poderá ter uma tarifa diferenciada nos horários fora do pico do sistema. Seria um modelo semelhante ao adotado recentemente em Curitiba (PR) e em Fortaleza (CE), chamado Tarifa e Hora Social, respectivamente. A diferença é que, no caso de Pernambuco, a tarifa não seria reduzida, mas deixaria de ser reajustada nesses horários. O benefício também seria restrito aos usuários do cartão VEM Comum, ou seja, 40 % dos passageiros.

O restante das tarifas seria reajustado pela inflação - o IPCA está acumulado na casa dos 4%. O modelo está em estudo pelo governo de Pernambuco para ser apresentado na discussão sobre o aumento das passagens de ônibus em 2021 e que sempre é decidido nos meses de janeiro. A tarifa diferenciada valeria no horário das 9h às 11h e das 14h às 16h, provavelmente de segunda à sexta. A lógica do Estado, segundo fontes do governo, é penalizar menos os que não têm acesso ao VEM Trabalhador - ou seja, ao benefício do vale-transporte -, que são, em sua maioria, profissionais autônomos. E, ao mesmo tempo, estimular a parcela da população que pode, a evitar os horários de pico, quando a lotação do transporte público é certa.

SUPERLOTAÇÃO

O problema da superlotação nos ônibus nos horários de pico é hoje, em plena pandemia de covid-19, um dos principais pontos de desgaste político para a gestão do PSB. Por isso, o governo do Estado está tão preocupado em minimizá-lo. Ao mesmo tempo, com a demanda de passageiros ainda na casa dos 60%, não consegue impor a oferta de 100% da frota porque teria que cobrir essa diferença ou forçar o setor empresarial a assumi-la. No caso das concessionárias (Conorte e MobiBrasil), o Estado já cobre porque foram licitadas. Mas o governo não quer ampliar ainda mais o subsídio de R$ 250 milhões que coloca no sistema.

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