3 dicas básicas de investimentos para quem está com um ‘extra’ neste mês; Confira
Especialista explica as quais são os investimentos mais seguros e quais são os primeiros passos a se percorrer para começar a investir

O mundo dos investimentos financeiros é um terreno ainda misterioso e complexo para muitos que ainda não o desbravaram.
Apesar disso, este universo tem se popularizado bastante nos últimos anos no Brasil.
Para os que pretendem começar a investir, mas ainda não sabem por onde começar, o assessor financeiro e sócio da ACT Investimentos, Vitor Dias fornece noções básicas e valiosas aos novatos no ramo.
As dicas envolvem principalmente investimentos em renda fixa, considerados mais seguros e conservadores.
1. Crie sua reserva de emergência
A reserva de emergência, como o próprio nome indica, é uma quantia que ficará guardada como garantia para caso a aplicação de recursos não renda como o esperado.
Em se tratando de investimentos, por mais seguros que sejam, sempre há possibilidade de prejuízos financeiros.
Por isso, é de suma importância fazer uma reserva de dinheiro para caso a situação aperte.
“Todo mundo que está começando a investir precisa montar sua reserva de emergência. Ela varia de caso para caso, mas se a pessoa for um trabalhador autônomo, é factível deixar na sua reserva de três a seis meses das suas despesas, a fim de se manter em liquidez diária”, afirma o consultor.
2. Investir em tesouro direto
De acordo com o Banco Central do Brasil (BC), “a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia do país, como taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.”
Ela funciona como o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação.
A Selic hoje está 10,5% ao ano, o que coloca o Brasil na segunda posição entre as maiores taxas de juros reais do mundo, ficando atrás apenas da Rússia.
Mas o que isso tem a ver com investimentos? O Tesouro Direto é uma modalidade de investimentos em títulos públicos. O rendimento dele é de 100% da taxa Selic. Como ela está em alta, conclui-se que é um ótimo investimento a ser feito.
Além disso, investir no Tesouro Direto é uma opção que oferece muita segurança, como explica Vitor Dias: “O Tesouro Direto é um investimento muito seguro, possivelmente o mais seguro do país, por ele ter o 'risco soberano', que é o risco do nosso país quebrar. Se você investir em qualquer outro título, seja ele de banco, seja ele de empresa em renda fixa, vai haver um risco maior do que o de um país.”
3. Variar a carteira
“Para quem já criou sua reserva de emergência e está pensando em diversificar um pouco mais a carteira, ainda dentro da renda fixa, você pode pensar em investir por via fundos de investimento, ou por compra de papéis.”
Por compra de papéis, Dias se refere a papéis bancários, que seriam títulos de dívidas de bancos, ou de empresas. “Os de banco são CDB, LCI e LCA, e os de empresa são Debêntures, CRIS e CRAS. Estes são os mais comuns”, complementa.
O especialista também pincela sobre como funcionam os investimentos em renda fixa:
“Em renda fixa você pode atrelar o indexador do investimento – ou seja, a taxa que ele vai estar atrelada – sendo ela pré-fixada, pós-fixada ou pela inflação. São estes os três tipos de indexadores que podem diversificar uma carteira de investimentos, se tratando de renda fixa.” conclui.