Ciro Gomes revela se irá disputar novas eleições após derrota de 2022
Ciro Gomes revela se planeja disputar novas eleições no futuro em nova entrevista. Político também crítica Lula e afirma que presidente "perdeu o pulso"

Pouco mais de um ano após ser derrotado em mais uma disputa pela Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) concedeu uma entrevista para GloboNews e falou sobre a possibilidade de enfrentar mais uma eleição nos próximos anos.
A eleição de 2022 foi a maior derrota de Ciro em seu histórico de disputas pela Presidência. No primeiro turno do pleito presidencial do ano passado, o ex-governador do Ceará saiu com apenas 3% dos votos válidos, índices bem menores do que os números acima de 10% que conquistava desde 1998.
Ciro Gomes afirma que "dificilmente" disputará uma nova eleição e indica "República está apodrecendo"
Após um tempo afastado da mídia, Ciro Gomes foi entrevistado nesta sexta-feira (29), pela GloboNews. Durante a conversa, o político foi questionado sobre a possibilidade de voltar a disputar eleições.
Em resposta, Ciro afirmou que "dificilmente" irá disputar uma nova eleição depois dos resultados negativos que obteve no pleito de 2022. Sobre o tema, o ex-governador do Ceará declarou que perde cada vez mais a crença no que chama de "democracia eleitoral" e na "linguagem eleitoral brasileira". Durante as eleições de 2022, o político reclamou da perspectiva de "voto útil" durante a polarização entre esquerda e direita.
Ainda em tom de crítica, Gomes afirmou que a "República está apodrecendo" e que lideranças dentro da sociedade "estão batendo palma para a destruição do meu país". Sem citar diretamente o Centrão, Ciro declara que "o cinismo perdeu o pudor" e que argumentos de que "'o Congresso é assim...'" não são válidos.
Sobre a gestão do presidente Lula (PT), o ex-ministro do petista indicou que se sente "renovado, um alívio em relação ao que tínhamos [fazendo referência à gestão de Jair Bolsonaro], mas que essa perspectiva em relação à gestão anterior tem deixado as pessoas sem observar que o país não está bem e para "perceber corretamente o tamanho do problema que o Brasil tem por resolver".
Ainda em relação a esse tópico, Ciro avalia que as negociações de Lula com partidos do Centrão fizeram com que o presidente "perdesse o pulso" ao tentar "conciliação com o inconciliável".