Documento contraria versão de ex-ministro do GSI de LULA sobre 8 de janeiro
Documento da inteligência brasileira contraria versão do ex-ministro do GSI de Lula sobre atos de 8 de janeiro, confira situação e entenda o caso

Informações apresentadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acabam por contradizer a versão de Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante depoimento para Polícia Federal sobre sua ação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Veja o que foi apresentado no documento da Abin e quais são as divergências com a declaração do ex-ministro de Lula (PT).
DOCUMENTOS DA ABIN RELATAM QUE EX-MINISTRO DE LULA FOI ALERTADO SOBRE 8 DE JANEIRO
O documento obtido pela Folha de São Paulo apresenta que alertas sobre o perigo de invasões foram enviados para o ex-ministro Gonçalves Dias, que comandava o GSI. O relatório da Abin indica que o ex-ministro de Lula recebeu 11 informes no Whatsapp sobre a possibilidade de ataques.
Entre os 11 alertas, três dessas mensagens foram enviadas exclusivamente para Gonçalves Dias, sem apresentação para demais serviços do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).
No depoimento à PF, Gonçalves Dias relatou que não soube dos alertas da Abin até o meio de janeiro, quando começou a preparar um relatório sobre o 8 de janeiro para o Congresso Nacional. O trecho do depoimento do ex-ministro de Lula indica que não recebeu qualquer relatório da inteligência.
Desde o governo Bolsonaro (PL) virou costumeiro dentro do Sisbin a divulgação dos informes e relatórios via Whatsapp. Gonçalves Dias relatou que "o compilado de mensagens não pode ser considerado tecnicamente um relatório de inteligência para produção de conhecimento para assessorar a decisão do gestor".
O ex-ministro de Lula também relata que os informes apresentados pela Abin não tinha "informações relevantes" sobre a possibilidade de ataques em 8 de janeiro. A primeira mensagem enviada para Gonçalves Dias já indicava que "há risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades".
O advogado de Gonçalves Dias relatou que "ele [o ex-ministro do GSI] não foi alertado por nenhuma agência ou órgão oficial antes dos atos de 8 de janeiro. Ao contrário do divulgado, o general promoveu todos os esforços que estavam a seu alcance para que nada de mais grave ocorresse, conforme será provado ao cabo de todas as investigações em curso".
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