FAKE NEWS

É FALSO que João Carlos de Medeiros Ferraz voltou para a Petrobras no Governo Lula

É mentira que ex-presidente da Sete Brasil, condenado na Lava-Jato, voltou para a Petrobras

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 11/04/2023 às 10:55
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Uma falsa mensagem que circula pelas rede sociais afirma que João Carlos Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil e condenado pela Operação Lava-Jato, assumiu cargo na Petrobras neste início de Governo Lula.

O boato está circulando há, pelo menos, quatro dias em redes sociais como Twitter e WhatsApp, especialmente entre usuários de oposição ao governo petista.

O texto afirma falsamente que o empresário teria sido convidado para "encabeçar a reestruturação da área financeira da Petrobras", com a recriação da Gerência de Financiamento de Projetos.

A fake news conta até com uma suposta declaração dada por João Carlos: "Estou muito entusiasmado de voltar à Petrobras. Reunirei o meu antigo time de Project Finance", diz o boato.

João Carlos de Medeiros Ferraz não foi contratado pela Petrobras

A Petrobras não contratou João Carlos de Medeiros Ferraz. O primeiro indício é que a estatal petroleira não anunciou oficialmente a contratação do gestor.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, inclusive, publicou uma mensagem no Twitter desmentindo a fake news.

"A informação de que um certo João Carlos Medeiros Ferraz estaria convidado para reassumir funções na Petrobras é FALSA. Não acredite em boatos", escreveu Jean na última sexta-feira (7). A mensagem, porém, foi apagada do perfil do gestor.

Além disso, a "Gerência de Financiamento de Projetos", que ficaria sob a batuta de João Carlos, não existe no organograma atual da Petrobras. 

Quem é João Carlos de Medeiros Ferraz

João Carlos de Medeiros Ferraz foi presidente da Sete Brasil, empresa criada para explorar o petróleo encontrado na camada pré-sal.

Ele esteve envolvido em caso de corrupção descoberto pela Operação Lava-Jato. Na ocasião, ele admitiu ter recebido 1,9 milhão de dólares em propina.

Segundo a Veja, Ferraz afirma que aceitou as “gratificações” em um “momento de fraqueza”, no qual era pressionado por colegas.

Ele fechou acordo de delação premiada e se comprometeu a devolver o valor, além de mais R$ 3 milhões oriundos de outros contratos fraudulentos.

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