Eleições 2022

Carcereiro da Polícia Federal vai votar em Lula? Confira a resposta dele

Na época, Jorge ficou conhecido na internet como "Rodrigo Hilbert da PF", devido a semelhança física com o ator.

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Jones Johnson

Publicado em 09/10/2022 às 9:44
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Jorge Chastalo Filho, ex-chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal em Curitiba e agente que ficou responsável pela carceragem durante o período que o ex-presidente Lula ficou preso, declarou seu voto no petista neste segundo turno.

"Diante da tragédia que estamos vivendo, eu declaro meu voto com todo vigor do meu peito".

Na época, Jorge ficou conhecido na internet como "Rodrigo Hilbert da PF", devido a semelhança física com o ator.

Theo Marques/UOL/Folhapres
Agente da Polícia Federal Jorge Chastalo e Lula. - Theo Marques/UOL/Folhapres

Era Chastalo que ficava responsável por decidir o que era permitido ou não na cela onde Lula cumpriu sua pena. Tal função fez com que ele se aproximasse do ex-presidente:

"A sensibilidade de sua preocupação com a pobreza, com a desigualdade social, com o bem-estar das pessoas, tudo isso se mostrou algo muito verdadeiro nele e foi algo que me marcou. Nunca o vi deprimido, na carceragem era um sujeito humilde e que sempre demonstrou gratidão e compaixão por quem estava ali com ele", disse Jorge em entrevista ao UOL.

"Tenho nojo!"

Chastalo afirmou que não se posicionou politicamente antes por conta do cargo público que ocupa, mas que está disposto a "arcar com as consequências disso" por conta do atual governo, que, segundo ele, considera "abominável":

"Diante deste absurdo que a gente tá vivenco, do ataque à democracia, essa falta de civilidade, de desamor gigante, do ódio estimulado entre as pessoas, tenho absoluto desprezo pelo governo que está ai. Como disse um dia Ulisses Guimarães: "tenho nojo". Então, me sinto moralmente obrigado a me manifestar".

Vai lançar um livro?

O carcereiro afirmou que já escreveu um esboço de um livro sobre o período que conviveu com Lula na carceragem da Polícia Federal. Segundo ele, não foi fechado nenhum acordo com editora, mas que já tem uma decisão "encaminhada" sobre a publicação.

Dentre os temas que conversavam, estão família, filhos e futebol, além de, claro, política e acusações de corrupção em governos do PT alegadas em delações premiadas.

Chastalo dizia que Lula afirmava que estava preso por um "fato indeterminado", e que, na cela, falava sobre ser presidente do país novamente.

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