Análise do TCU

Viagra nas Forças Armadas: confira informações reveladas pelo TCU

Veja os detalhes encontrados na análise da compra dos medicamentos

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Cadastrado por

Cynara Maíra

Publicado em 08/07/2022 às 23:23
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O setor técnico do Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou informações que confirmam o superfaturamento na compra de Viagra direcionado às Forças Armadas. A equipe chegou a essa conclusão a partir da comparação entre os valores tradicionais dos comprimidos em unidade e a quantia gasta pelos militares.

Segundo a Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) do TCU houve sobrepreço na compra das 15.120 unidades de comprimidos para disfunção erétil. Com o valor médio das unidades de Viagra custando R$1,81, o pagamento de R$3,65 feito pelo Exército excedeu em R$27.820,80 o valor estimado.

Mesmo assim, o órgão alerta que, como os cálculos de orçamento são feitos baseados em preços de referência, a quantia de uma licitação pode não corresponder ao preço de mercado, o que possibilita a chance de maiores dívidas.

A análise feita pelo TCU foi realizada após o deputado federal Elias Vaz (PSB) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) pedirem explicações para o Ministério da Defesa sobre os gastos exacerbados com o remédio no orçamento das Forças Armadas.

Após o levantamento do Selog, o TCU afirmou que irá exigir a adoção de medidas administrativas que apurem formas de ressarcir a dívida gerada.

Na época da revelação dos gastos militares, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, defendeu a compra. Segundo ele, a aquisição de medicamentos para disfunção erétil busca suprir as demandas dos militares e de outros indivíduos que se utilizam dos serviços de saúde das Forças Armadas.

“Como qualquer cidadão, os militares, seus dependentes e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas têm direito a um atendimento médico especializado. Assim, possuem acesso a consultas de qualidade para o qual contribuem mensalmente e coparticipam das despesas em caso de procedimentos, exames e internações” considerou o ministro.

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