PALESTRAS | Notícia

Recife discute a cultura judaica em congresso internacional; confira convidados

III Congresso Internacional de Judaísmo e Interculturalidade: História e Transculturalidade será realizado no Recife Expo Center, no Centro

Por Emannuel Bento Publicado em 19/05/2025 às 15:56 | Atualizado em 19/05/2025 às 16:00

Pesquisadores, professores, estudantes e pessoas com interesse na história e na cultura judaica se encontram no Recife, de 26 a 28 de maio, no "III Congresso Internacional de Judaísmo e Interculturalidade: História e Transculturalidade".

A participação é gratuita em todas as atividades e pode ser agendada pelo site ciji.com.br, onde também está disponível a programação completa.

O encontro, realizado na sala 10 do Recife Expo Center, Sala 10, localizado no Cais de Santa Rita, tem organização da Universidade de Salamanca e do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará. O evento ainda tem apoio da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).

Nas 15 palestras do congresso, serão debatidas questões que envolvem as relações transversais das comunidades judaicas com as culturas nas quais estão inseridas.

Algumas palestras

A palestra de abertura é do israelense Ioram Melcer, escritor, tradutor, membro da Academia de Língua Hebraica e editor-chefe da revista digital Alaxon, a mais lida na língua hebraica.

Ele vai levar um tema instigante para a plateia: "Quem (finalmente) é (um) judeu?". A pergunta, diz ele, "tornou-se símbolo de uma longa e não resolvida batalha interna em Israel e em muitas partes do mundo judaico."

Escritora brasileira de origem judaica, Daniela Levy fará a conferência de encerramento, com o tema "La confraria de los judios de Holanda: a resistência cristã-nova à inquisição ibérica".

Ela vai abordar a situação dos judeus convertidos à força que viveram no Brasil. "O 'habitat' diferente produziu um homem diverso, de um dinamismo e criatividade que os fez sobressair em sua atuação política e cultural", afirma.

Professora de história e integrante do Núcleo de Pesquisa Anita Novinsky, de São Paulo, ela vai lançar, após a palestra, o livro De Recife a Manhattan: judeus na formação de Nova York (reeditado pela Cepe Editora).

Livro

O livro do congresso, publicado pela Cepe, traz uma compilação das 15 palestras e será distribuído aos participantes no encerramento das atividades. A organização do título é de Ana Paula Cavalcante, Angel Espina Barrio, Daniel Valerio e Mário Hélio Gomes de Lima.

Superintendente de Periódicos e Projetos Especiais da Cepe, Mário Hélio também atuará como moderador da mesa "Expansão Atlântica, Migrações e Dinâmicas Coloniais e Pós-Coloniais, seus Personagens e Intérpretes".

"A importância do povo judeu e sua cultura nos diversos contextos históricos é algo indiscutível. O Recife é parte dessa história, desde o início da colonização. É com os judeus que começa inclusive a nossa literatura. É uma judia – Clarice Lispector – sempre reivindicada pelos pernambucanos como ‘sua’ por causa do tempo em que morou no Recife", diz Mário Hélio.

"São tantos os motivos, tanto culturais quanto históricos, que continuaríamos a falar indefinidamente sobre o tema", declara.

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