AUDIOVISUAL | Notícia

Projeto em Pernambuco resgata memórias de mulheres da ditadura por meio da arte e da performance

Ao longo dos meses de maio e junho, serão realizadas rodas de conversa com as participantes e oficinas presenciais e online de performance

Por JC Publicado em 09/05/2025 às 11:47

Uma investigação que propõe uma escuta crítica e sensível das mulheres que vivenciaram o contexto das ditaduras cívico-militares sul-americanas vai resultar em arte em Pernambuco.

Conduzido pelas artistas e pesquisadoras da dança e da performance Silvia Góes e Roberta Ramos, o projeto de pesquisa “Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política” vai desenvolver ações no Recife, em Goiana, na Zona da Mata, Caruaru, no Agreste, e Afogados da Ingazeira, no Sertão do estado.

Ao longo dos meses de maio e junho, serão realizadas rodas de conversa com mulheres nascidas na décadas de 1970 para compartilhar suas memórias, além de oficinas presenciais e online de performance, com metodologias de improvisação, biodrama, teatro documental e autobiografia.

Os relatos serão apresentados no dia 14 de junho com registros em audiovisual, que vão apresentar as conexões entre a história coletiva e individual de mulheres que vivenciaram as ditaduras cívico-militares na América do Sul. O local ainda será divulgado.

Divulgação
Projeto propõe uma escuta crítica e sensível das mulheres que vivenciaram o contexto das ditaduras cívico-militares sul-americanas - Divulgação

“A nossa pesquisa nasce do desejo de olhar criticamente para o passado a partir do presente que habitamos como mulheres, artistas e pesquisadoras. Ao conectar nossas histórias de vida com as memórias de outras mulheres atravessadas pela ditadura e pela resistência feminista, buscamos construir, através da arte e da escuta, uma historiografia sensível, afetiva e performativa. É um exercício de reencontro com o que fomos e do que ainda podemos ser juntas", expressam as artistas e pesquisadoras da dança e da performance Silvia Góes e Roberta Ramos.

A pesquisa conta, ainda, com a orientação do professor e diretor de teatro Rodrigo Dourado, com articulação regional da historiadora, pesquisadora e produtora cultural Karuna de Paula e com a parceria de instituições feministas do estado.

Mulheres interessadas em participar da ação podem se inscrever gratuitamente através do e-mail: com.dor.mas.sem.medo@gmail.com.

Veja o cronograma de ações:

  • Oficinas presenciais com as artistas da dança e pesquisadoras, que funcionarão como espaço para experimentação e partilha de práticas de memória e performance, a partir de laboratórios práticos que foram experimentados pelas pesquisadoras, envolvendo metodologias de improvisação, biodrama, teatro documental e autobiografia (dias 10 e 24 de maio, das 10h às 13h, na UFPE/CAC);
  • Oficinas on-line com as artistas da dança e pesquisadoras (11 e 25 de maio, das 10h às 12h);
  • Apresentações públicas do resultado da pesquisa e roda de conversa com as artistas e pesquisadoras (dia 14 de junho, em local a ser divulgado em breve, e das 16h às 18h).

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