Rennan da Penha acusa Dennis DJ de apropriação em sucessos do funk: 'Me devolve tudo o que você roubou'
A crítica é centrada em músicas como "Medley da Gaiola", gravada na voz de Kevin o Chris com produção de Dennis; Rennan foi o criador do Baile da Gaiola

O DJ e produtor musical Rennan da Penha, criador do funk 150bpm e do Baile da Gaiola, disparou críticas contra Dennis DJ, também produtor musical do funk desde os anos 1990. Rennan compartilhou um tuíte de Dennis sobre perdão, escrevendo: "Tá bom, me devolve tudo que você ROUBOU! De mim e dos demais amigos do funk que eu penso em te perdoar. Hipócrita", disparou.
A crítica é centrada no sucesso de músicas como "Medley da Gaiola", gravada na voz de Kevin o Chris com produção de Dennison de Lima (nome de batismo de Dennis). Rennan da Penha criou a festa que a música faz menção e, de acordo com ele, o produtor nunca foi próximo do evento. Ele também compartilhou um tuíte do DJ ISAAC que explana mais o contexto da crítica:
"Até hoje eu não consigo aceitar que Dennis DJ levou mérito nessa medley da Gaiola se ele nem nunca tocou no baile e nem produziu nenhuma das músicas. A maioria foi Rennan, eu e Wendel, entre outros DJs, e o cara levou nosso mérito todo", diz o tuíte de DJ ISAAC.
Em outra publicação, que foi apagada, Rennan ainda revela que chorou na cadeia assistindo "o cara tocar tudo o que nós estouramos no Faustão, e ganhar o mrédito sem nunca ter pisado no baile. Ainda fui alvo de deboche da parte dele".
Rennan da Penha foi preso em abril de 2019, acusado de associação ao trafico de de drogas no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele era suspeito de colaborar e participar de eventos promovidos por criminosos na região. Apesar de se inocentado das acusações em primeira instância, um recurso do Ministério Público fez que sua prisão fosse decretada.
A prisão foi alvo de críticas, sendo apontada como tentativa de criminalizar o funk. Ele foi solto em novembro daquele ano, com habeas corpus concedido com base na recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou a possibilidade de prisão em segunda instância.