Além de Doutor Victor: De Eugênio a Dionísio, lembre personagens marcantes de Sérgio Mamberti
Ator teve uma prolífica carreira na televisão, cinema e no teatro

A morte de Sérgio Mamberti, aos 82 anos, nesta sexta-feira (3), deixa um vazio nas artes cênicas, no cinema e na televisão brasileira. O ator estava entre os mais importantes de sua geração e fez história com personagens marcantes, como o Doutor Victor, do Castelo Rá-Tim-Bum, e por seu engajamento em defesa da cultura. Nascido em Santos (SP), Mamberti se formou no curso de artes cênicas da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo e estreou nos palcos na peça Antígone América, escrita por Carlos Henrique Escobar, dirigida por Antônio Abujamra e produzida por Ruth Escobar.
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Ao longo da década de 1960, participou de diversas peças com nomes seminais do teatro brasileiro, iniciando sua carreira na televisão em 1968, em Ana, na qual interpretou Tenório. Na telinha, destacou-se ainda em produções como Dona Beija (1986), onde viveu o coronel Elias Felizardo, Vale Tudo (1988), como o mordomo Eugênio; Pantanal (1990), como o Dr. Arnaud; Engraçadinha (1995), como Tio Nonô. Em 1997, foi Otávio Ferraz, em Anjo Mau, e no ano 2000, participou de A Muralha como Cristóvão Rabelo.
De 1994 a 1997 viveu um de seus papéis mais célebres, interpretando o Doutor Victor Stradivarius, em Castelo Rá-Tim-Bum. A produção infantil marcou época e até hoje reverbera entre os fãs.
Mamberti participou ainda da primeira temporada série 3%, da Netflix, como o conselheiro Matheus (2016). Ao todo, ele participou de 40 novelas, sendo a última Sol Nascente, da Globo, em 2016, no papel de Dom Manfredo.
Cinema
Mamberti teve também uma prolífica carreira no cinema, iniciada em 1966 no filme Nudista à Força. Participou de produções clássicas, como O Bandido da Luz Vermelha (1969) e Toda Nudez Será Castigada (1973), como Odésio); e de sucessos de ilheteria, como Castelo Rá-Tim-Bum, o filme (1999), Xuxa Abracadabra (2003) e O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili (2008). Seu último filme foi O Pastor e o Guerrilheiro (2021), sobre a invação da Universidade de Brasília durante a Ditadura Militar.