Literatura

Academia Pernambucana de Letras comemora 120 anos

Evento online em parceria com a Fundaj é transmitido no dia 26 de janeiro, a partir das 16h, pelo YouTube

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 26/01/2021 às 11:27
FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM
MEMÓRIA Casarão do século 19 na Avenida Rui Barbosa se transformou na sede da APL na década de 60 - FOTO: FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM
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A Academia Pernambucana de Letras comemora, neste 26 de janeiro, 120 anos de atividades. Para marcar a data, a instituição promove uma live promovida em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, às 16h, no canal da Fundaj no YouTube. Participam da atividade os presidente da APL, Lucilo Varejão Neto, e da Fundação, Antônio Campos, mais a escritora, pesquisadora e membro da Academia Fátima Quintas.

Conhecida como a Casa de Carneiro Vilela, em referência ao seu fundador, a Academia Pernambucana é uma das mais antigas do Brasil, antecedida apenas pela Cearense (1894), a Brasileira (1897) e a Paraense (1900). Inicialmente, a APL contava com apenas 20 membros, depois 30 e, apenas em 1960, passou a seguir o modelo francês e contar com o número atual de cadeiras: 40.

Sua trajetória de celebração e promoção da literatura e da intelectualidade no Estado fez com que, ao longo da década, fosse responsável por fomentar debates importantes local, regional e nacionalmente.

Fruto de uma parceria entre as instituições, ambas com trabalhos ligados à cultura e educação, a transmissão começa com considerações de Antônio Campos, que também é membro da APL, na cadeira de número 25, e de Lucilo, ocupante da cadeira nº 2. Em seguida, a antropóloga Fátima Quintas compartilha considerações sobre a trajetória da entidade.

Autora de Academia Pernambucana de Letras — História e Patrimônio (2013), a antropóloga ingressou na APL em 2002, presidindo-a entre 2012 e 2016. Assim como Lucilo Varejão Neto, cujo pai e avô também constam como imortais da Academia, Fátima dá continuidade a um legado familiar, assumindo uma missão que também foi de seu pai, o historiador Amaro Quintas.

"A história da Academia Pernambucana de Letras é de resistência e superação de obstáculos na defesa da nossa literatura. Nosso estado tem escritores maravilhosos que, no entanto, infelizmente, ainda não recebem o reconhecimento merecido. Por isso, a atuação da APL é importante para salvaguardar esse patrimônio cultural e fomentar a nossa literatura", afirma.

Fátima Quintas ressalta, ainda, o caráter pioneiro da instituição, que teve uma mulher eleita imortal ainda na década de 1920, a poeta e jornalista Edwiges de Sá Pereira. A Academia Brasileira de Letras, por exemplo, só viria a admitir uma mulher em seus quadros em 1977, com a eleição de Rachel de Queiroz.

Atualmente, a Academia Pernambucana de Letras conta com dez cadeiras ocupadas por mulheres. São elas: Margarida Cantarelli, Fátima Quintas, Maria Lecticia Cavalcanti, Luzilá Gonçalvez Ferreira, Bartyra Soares, Nelly Carvalho, Marly Mota, Elyanna Caldas, Lourdes Sarmento e Ana Maria César.

 

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