Qual o perfil das mulheres que atuam no agronegócio brasileiro?
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Em agosto, a PwC Brasil lançou um desafio às mulheres que atuam no agronegócio no Brasil. A pesquisa #AsMulheresQue InovamOAgo 2023 entrevistou 838 mulheres de todas as regiões do País para saber qual o perfil, a dimensão do protagonismo delas, o nível de responsabilidade e o ambiente em que estão inseridas para desenvolver suas atividades; e a conclusão é que elas ainda enfrentam muitos desafios no agronegócio.
Análise
“Nosso objetivo é identificar e construir um cenário no agro que seja mais inclusivo para as mulheres que atuam inovando antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira”, avisa Dalana de Matos, estrategista de inovação da rede PwC Brasil e idealizadora da pesquisa.
Quem são?
E quem são essas mulheres? A maioria tem entre 25 e 55 anos, sendo 85,7% da amostra; 54,4% são casadas; 76,3% se declaram bancas; 90,4% se identificam como cisgênero e 52,5% não têm filhos. “A ótima revelação é que elas são altamente instruídas”, destaca Dalana. Mais da metade – 64,5% - tem no mínimo pós-graduação; 35,5% têm graduação nas ciências agrárias; 32,3% nas ciências humanas; 19,1% e nas exatas. Apenas 4,9% não têm formação técnica e 44,7% delas fizeram transição de carreira.
Desafios
As mulheres que inovam o agro ainda estão sujeitas a grandes desafios. “Nove em cada dez mulheres relatam já terem passado por situações de atitudes machistas ou constrangimentos no ambiente de trabalho”, revela Dalana de Matos.
Situações
Ela diz que o levantamento mostra que metade delas já foi interrompida por homens na conversa 53,7% (manterrupting); 5o,4% não são chamadas para representação em reuniões; 45,3% não são consultadas sobre assuntos que dominam ou são especializadas; 37,7% já sofreram com apropriação de suas ideias (bropriating); 37,7% sequestro de assuntos por homens (manologue); 30,9% elevação do tom de voz por homens querendo provar seu ponto de vista; 26,5% anulação em uma discussão; 23,2% violência psicológica com distorção da realidade (gaslighting); 18,3% julgamento pela maneira que estava vestindo-se; 11,3% xingamentos ou discussão desrespeitosa.
Privilégio
Apenas 12,6% dizem não ter sido impactadas por nenhuma dessas situações. “A união feminina aparece na pesquisa como uma grande força para seguirmos avançando rumo à equidade de gênero”, finaliza Dalana de Matos.
Experiências
Jô Mazzarolo -ex-Globo - será uma das convidadas especiais da solenidade de 16 anos da ONG Giral, que mantém projetos socioeducacionais, ambientais e econômicos para crianças, jovens e adolescentes de 11 municípios de Pernambuco, hoje, às 16h, em Glória de Goitá.
Óculos
Raisa Dias, Gustavo Negromonte e Claudia Negromonte comandam, hoje, às 18hs, coquetel de inauguração da primeira franquia da ótica Zeiss Vision Center Olinda, no Patteo.