INVESTIGAÇÃO | Notícia

Policial penal preso por suspeita de corrupção no Presídio de Igarassu é levado para hospital

Seap confirmou que Newson Motta da Costa Neto precisou de atendimento médico nessa quinta-feira, mas que não foi vítima de agressão

Por Raphael Guerra Publicado em 25/04/2025 às 10:10 | Atualizado em 25/04/2025 às 11:52

Preso há exatos dois meses por suspeita de participação no forte esquema de corrupção no Presídio de Igarassu, no Grande Recife, o policial penal Newson Motta da Costa Neto precisou ser levado do Presídio de Itaquitinga 2, na Mata Norte, para um hospital no Recife nessa quinta-feira (24). 

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou, em nota, que ele "recebeu atendimento no setor de saúde da unidade prisional e, conforme orientação médica, encaminhado para uma unidade hospitalar".

Disse ainda que "não há registro de que o custodiado tenha sofrido qualquer ferimento físico em consequência de agressão ou outra razão".

Newson foi um dos oito policiais penais presos na primeira fase da operação La Catedral, deflagrada pela Polícia Federal em 25 de fevereiro deste ano. 

A investigação identificou conversas do policial penal com o presidiário Lyferson Barbosa da Silva, por meio do WhatsApp.

"Nas conversas, percebeu-se que possivelmente o policial penal colocava entorpecente para dentro do presídio [de Igarassu] em conluio com Lyferson, fazia buscas em bancos de dados para a organização criminosa que Lyferson compõe e outros delitos", descreveu a Polícia Federal, em relatório. 

A investigação indicou que, no dia 21 de dezembro de 2022, possivelmente ocorreu uma entrada de droga intermediada por Newson e solicitada por Lyferson. Naquele dia, R$ 20 mil em dinheiro teriam saído do presídio por intermédio do policial penal.

Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio e participação em organização criminosa.

Não há prazo para conclusão do inquérito da Polícia Federal. 

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