Caso Ingrid Vitória: SDS investiga ação policial que resultou na morte de suspeito do crime
Polícia afirmou que Jocelmo Caldas da Silva, de 36 anos, reagiu à abordagem e foi morto na tarde do sábado (29). Corpo da menina também foi encontrado

A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) decidiu instaurar uma investigação para apurar a conduta dos policiais militares envolvidos na abordagem que resultou na morte de Jocelmo Caldas da Silva, de 36 anos, suspeito de sequestrar e matar a adolescente Ingrid Vitória, de 13 anos, que estava desaparecida desde a última terça-feira (25).
Segundo a versão oficial da Polícia Militar, o suspeito foi encontrado na tarde do sábado (29), em Caraíbas, distrito de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco. Ele teria reagido à abordagem e, na troca de tiros, foi atingido na cabeça. Jocelmo chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu.
A investigação da Corregedoria quer confirmar se houve mesmo um confronto e a legítima defesa. A Polícia Civil também segue investigando o caso.
A coluna Segurança questionou à SDS se os exames no Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrolina indicaram que Ingrid Vitória sofreu algum tipo de violência sexual, mas a pasta estadual não respondeu.
Em nota, disse apenas que "os documentos fazem parte do inquérito policial e nenhuma outra informação pode ser divulgada para não atrapalhar as investigações, que seguem com a Delegacia de Santa Maria da Boa Vista".
O corpo de Ingrid foi achado em uma região de mata fechada, nas imediações da fazenda Jequi, distrito de Caraíbas, a cerca de sete quilômetros de uma base policial criada para dar apoio às buscas pela adolescente.
Ingrid havia sido levada à força enquanto voltava de Curaçá, na Bahia, acompanhada da mãe e do irmão de três anos. De acordo com a mãe da adolescente, a família estava de carona com Jocelmo quando o homem teria agredido e amarrado a mulher e, em seguida, sequestrado Ingrid.
A família tinha se mudado recentemente para o município de Floresta, no Sertão de Pernambuco, e, no trajeto para casa, costumavam passar pelo povoado de Caraíbas para visitar parentes. A motivação do crime ainda não está esclarecida.
Neste domingo (30), o corpo da adolescente foi velado na Igreja de São Francisco de Assis, em Caraíbas. À noite, seguiu para ser enterrado no Cemitério de Floresta.