Psiquiatra alerta sobre os riscos do consumo exagerado de álcool nas festas de fim de ano

O consumo de bebidas alcoólicas costuma aumentar no período de festas de fim de ano, impulsionado por confraternizações, encontros familiares e eventos sociais. Especialistas alertam, porém, que mesmo o uso considerado social pode trazer riscos à saúde física e mental.

Segundo o psiquiatra Tunai Galvão, o impacto do álcool muitas vezes é subestimado. De acordo com ele, os efeitos não se restringem a episódios de perda de controle ou mal-estar imediato. Alterações no sono, no humor, no nível de ansiedade e no funcionamento do cérebro podem ocorrer mesmo com ingestões consideradas moderadas.

Atenção a frequência do consumo

O médico explica que a atenção deve ir além da quantidade ingerida. A frequência do consumo e o papel que a bebida passa a ocupar na rotina também são fatores relevantes. Quando o álcool é usado como forma de aliviar estresse, ansiedade ou lidar com emoções difíceis, ainda que restrito a fins de semana ou eventos sociais, o padrão já merece acompanhamento.

Estudos indicam que não existe uma dose totalmente livre de riscos. Embora haja parâmetros de baixo risco que variam de pessoa para pessoa, o consumo recorrente acima desses limites pode contribuir para piora do sono, aumento da irritabilidade e intensificação de quadros de ansiedade, muitas vezes sem que a relação com o álcool seja percebida de forma imediata.

Ações preventivas

Tunai Galvão destaca ainda que ações preventivas simples podem reduzir o consumo. Pesquisas apontam que orientações breves e objetivas, feitas sem julgamento, já têm efeito na mudança de comportamento. Para o especialista, informação clara e acessível é uma ferramenta importante de cuidado.

No período de festas, o alerta é para a reflexão sobre hábitos que tendem a ser naturalizados. O fato de o consumo ocorrer em contextos sociais não elimina possíveis impactos à saúde.

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