Fimose infantil: sinais de alerta e cuidados que os pais devem adotar
Condição é comum nos primeiros anos de vida, mas exige atenção a sintomas como dor, dificuldade para urinar e inflamações recorrentes

Clique aqui e escute a matéria
A fimose é frequente em crianças pequenas e, na maioria das vezes, faz parte do desenvolvimento natural. Ela ocorre quando o prepúcio — a pele que cobre a ponta do pênis — não consegue se retrair totalmente.
Embora muitos casos evoluam positivamente sem necessidade de intervenção, alguns sinais exigem atenção médica imediata, como dor, vermelhidão, inchaço, dificuldade para urinar e inflamações repetidas.
De acordo com o urologista Rogério Saint-Clair, do Núcleo DOME, o acompanhamento especializado é essencial para garantir segurança no cuidado e evitar procedimentos desnecessários.
“Grande parte dos casos melhora espontaneamente com o tempo. Porém, quando há complicações, o médico deve avaliar se será necessário tratamento específico ou, em situações mais raras, cirurgia”, explica.
6 passos para cuidar da fimose com segurança
O especialista lista orientações importantes para pais e responsáveis:
- Higiene suave: lave apenas a parte externa do pênis com água e sabão neutro, sem forçar a retração do prepúcio;
- Atenção à inflamação: vermelhidão, dor, secreção ou choro ao urinar indicam necessidade de avaliação médica;
- Dificuldade para urinar: jato fraco, esforço ou dor ao fazer xixi podem sinalizar que o prepúcio está muito apertado;
- Evite automedicação: cremes ou pomadas só devem ser usados com prescrição do médico;
- Não force a pele: puxar o prepúcio pode causar lesões, dor e aumentar o risco de infecção;
- Acompanhamento médico: consultas regulares com o urologista permitem acompanhar a evolução e indicar o tratamento adequado quando necessário.
Quando procurar ajuda
Saint-Clair reforça que cada caso deve ser avaliado individualmente. “Se a criança apresenta inflamações frequentes, dor ao urinar ou dificuldade persistente, o especialista pode recomendar alternativas conservadoras ou, em casos específicos, cirurgia”, conclui.