Fimose infantil: sinais de alerta e cuidados que os pais devem adotar

Condição é comum nos primeiros anos de vida, mas exige atenção a sintomas como dor, dificuldade para urinar e inflamações recorrentes

Por Maria Clara Trajano Publicado em 01/10/2025 às 15:34

Clique aqui e escute a matéria

A fimose é frequente em crianças pequenas e, na maioria das vezes, faz parte do desenvolvimento natural. Ela ocorre quando o prepúcio — a pele que cobre a ponta do pênis — não consegue se retrair totalmente.

Embora muitos casos evoluam positivamente sem necessidade de intervenção, alguns sinais exigem atenção médica imediata, como dor, vermelhidão, inchaço, dificuldade para urinar e inflamações repetidas.

De acordo com o urologista Rogério Saint-Clair, do Núcleo DOME, o acompanhamento especializado é essencial para garantir segurança no cuidado e evitar procedimentos desnecessários.

“Grande parte dos casos melhora espontaneamente com o tempo. Porém, quando há complicações, o médico deve avaliar se será necessário tratamento específico ou, em situações mais raras, cirurgia”, explica.

6 passos para cuidar da fimose com segurança

O especialista lista orientações importantes para pais e responsáveis:

  • Higiene suave: lave apenas a parte externa do pênis com água e sabão neutro, sem forçar a retração do prepúcio;
  • Atenção à inflamação: vermelhidão, dor, secreção ou choro ao urinar indicam necessidade de avaliação médica;
  • Dificuldade para urinar: jato fraco, esforço ou dor ao fazer xixi podem sinalizar que o prepúcio está muito apertado;
  • Evite automedicação: cremes ou pomadas só devem ser usados com prescrição do médico;
  • Não force a pele: puxar o prepúcio pode causar lesões, dor e aumentar o risco de infecção;
  • Acompanhamento médico: consultas regulares com o urologista permitem acompanhar a evolução e indicar o tratamento adequado quando necessário.

Quando procurar ajuda

Saint-Clair reforça que cada caso deve ser avaliado individualmente. “Se a criança apresenta inflamações frequentes, dor ao urinar ou dificuldade persistente, o especialista pode recomendar alternativas conservadoras ou, em casos específicos, cirurgia”, conclui.

Compartilhe

Tags