Para idosos, dança é aliada da saúde física e mental, dizem especialistas

Muito mais que um passatempo, a dança na terceira idade pode ser uma ferramenta para a promoção da saúde física e emocional.

A prática estimula a coordenação motora, o equilíbrio, a flexibilidade e atua como um importante recurso no enfrentamento de condições como osteopenia (condição em que a densidade óssea é menor do que o normal), osteoporose (doença óssea metabólica progressiva que causa diminuição da massa óssea) e sarcopenia (perda progressiva de massa muscular, força e função física).

Segundo o ortopedista e traumatologista Luís Moliterno, do Instituto de Educação Médica (IDOMED), é comum que essas condições atinjam principalmente mulheres após a menopausa e homens em idades mais avançadas.

“Além da perda óssea, há redução da força muscular, o que compromete atividades simples do dia a dia, como subir escadas ou caminhar. Isso aumenta o risco de quedas e fraturas”, alerta.

Para ele, a dança é uma alternativa valiosa por ser adequada a diferentes perfis de idosos, com múltiplos benefícios.

“Ela melhora a saúde do aparelho musculoesquelético, contribui para a autonomia, estimula a memória e ainda atua na prevenção de quadros como a depressão. É essencial somar essa prática a uma alimentação equilibrada e à exposição ao sol, para a conversão adequada da vitamina D”, orienta.

Corpo em movimento e mente ativa

O professor de Educação Física Héllio Martins, da Wyden, reforça que o corpo humano funciona como um conjunto de sistemas que necessitam de movimento para manter a saúde e o bom funcionamento.

“A dança utiliza o ritmo e a coordenação como ferramentas, favorecendo o aprendizado motor, o desenvolvimento cognitivo e emocional e a qualidade de vida como um todo”, explica.

Ele destaca que não existe contraindicação genérica para atividades físicas na terceira idade. “Tudo depende de avaliação individual, planejamento e adaptação às necessidades e limitações de cada pessoa. A dança, além dos benefícios físicos, também permite imersão cultural e trocas sociais, o que torna a experiência ainda mais rica e significativa”, afirma.

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Bem-estar físico, emocional e social

Ao proporcionar prazer, integração e autoestima, a dança se revela um recurso terapêutico completo. Pode ser praticada em academias, centros comunitários, clubes ou mesmo em casa, com orientação profissional.

Principais benefícios da dança para idosos:

• Melhora da densidade óssea e muscular;
• Estímulo à coordenação motora e equilíbrio;
• Prevenção de quedas e fraturas;
• Combate à depressão e isolamento social;
• Fortalecimento da memória e cognição;
• Promoção da autonomia e autoestima.

Dica dos especialistas: antes de iniciar qualquer atividade física, é fundamental passar por avaliação médica e seguir orientações personalizadas para garantir segurança e eficácia nos resultados.