
A população com deficiência em Pernambuco foi estimada em 949 mil pessoas de 2 anos ou mais de idade, o que corresponde a 10,1% da população dessa faixa etária.
O resultado está acima da média brasileira (8,9%) e coloca o Estado em sexto lugar no ranking nacional.
O Recife, por sua vez, é a capital brasileira com maior porcentagem de pessoas com deficiência, com 11,1% dos seus habitantes de 2 anos ou mais nessa condição, o equivalente a 182 mil pessoas.
Os dados são do módulo Pessoas com Deficiência da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022 (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O questionário busca levantar as dificuldades na realização de oito tipos de atividades funcionais. São quatro categorias de resposta que vão de ‘Não tem dificuldade’ a ‘Tem, não consegue de modo algum’.
A identificação das pessoas com deficiência é estabelecida por aquelas que responderam ter muita dificuldade ou não conseguir (fazer determinada atividade) de modo algum.
Em relação às dificuldades investigadas entre a população pernambucana, a mais declarada foi:
- andar ou subir degraus (4,3%)
- enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato (3,8%)
- aprender, lembrar-se das coisas ou se concentrar (2,9%)
- levantar uma garrafa com dois litros de água da cintura até a altura dos olhos (2,5%)
- pegar objetos pequenos ou abrir e fechar recipientes (1,6%)
- realizar cuidados pessoais (1,5%)
- comunicar-se, para compreender ou ser compreendido (1,3%)
- ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos (1,3%)
Além disso, 5,9% das pessoas tinham deficiência em apenas uma das suas funções e 4,2% em duas ou mais funções.
O tema já foi investigado em outras pesquisas do instituto, sendo as mais recentes o Censo Demográfico 2010 e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 e 2019.
Os dados, no entanto, não são comparáveis entre as pesquisas, pois há diferenças metodológicas.
PE é o sexto estado do País com mais pessoas com deficiência
Em Pernambuco, no recorte por sexo, 11,3% de toda a população feminina de 2 anos ou mais alegaram ter algum tipo de deficiência; 7,8% da população masculina estão nessa condição.
No Recife, foram 9,2% de homens e 12,7% das mulheres. Por cor ou raça, no Estado, 11,8% dos pernambucanos que se autodeclararam como da cor preta têm algum tipo de deficiência; 10,2% são brancos e 9,8% pardos.
No recorte por idade, o levantamento mostra um aumento na proporção de pessoas com deficiência de acordo com o aumento dos anos de vida, já que 3,5% dos pernambucanos nessa condição têm de 2 a 9 anos, enquanto o percentual sobe para 56,9% entre os residentes de 80 anos ou mais.
O levantamento mostrou também que 470 mil pernambucanos de 2 anos ou mais com deficiência disseram ser responsáveis pelos domicílios onde vivem, o que equivale a praticamente metade (49,5%) de toda a população com essa condição do Estado.
Mais 191 mil residentes (20,2% do total) ocupam a posição de cônjuges ou companheiros do responsável e 134 mil pessoas, ou 14,1% do todo, são filhos ou enteados. Por fim, 154 mil pessoas, ou 16,2% das pessoas com deficiência, têm outra condição no domicílio além das citadas.