VACINA PFIZER

ANVISA PFIZER: Entenda o post sobre os riscos de MIOCARDITE E PERICARDITE pós vacinação da PFIZER: Confira a polêmica envolvendo alerta divulgado pela Anvisa

Saiba mais sobre o post divulgado nas redes, pela Anvisa, que omite informações importantes publicadas em 2021

Imagem do autor
Cadastrado por

Samara Cinobio

Publicado em 15/06/2023 às 13:03 | Atualizado em 15/06/2023 às 13:04
X

Nesta semana, um post incompleto a respeito de um alerta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre risco de miocardite e pericardite em pessoas imunizadas contra a covid-19 com a vacina da Pfizer voltou a circular nas redes sociais.

A publicação divulgada nas redes, com informações de julho de 2021, omite informações importantes publicadas pela Anvisa e sugere que o alerta é recente.

O post que está circulando na internet contém as seguintes informações: "A Anvisa orienta aos vacinados com Pfizer para procurar atendimento médico imediato se tiverem dor no peito, falta de ar e palpitações. Miocardite é a inflamação do músculo cardíaco e pericardite é a inflamação do revestimento externo do coração". 

A situação foi esclarecida pela Anvisa em março de 2023. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária o risco de miocardite e pericardite associado às vacinas contra covid-19 permanece baixo.

Chikungunya: primeira vacina contra doença apresenta resultados promissores

 

Veja comunicado publicado pela ANVISA para esclarecer sobre o risco de miocardite e pericardite após vacinação com Pfizer

Confira o comunicado divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre os riscos após vacinação:

A Anvisa e o Ministério da Saúde (MS) esclarecem que o risco de ocorrência de miocardite (inflamação do miocárdio, tecido muscular do coração) e pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que envolve o coração) associado às vacinas contra Covid-19 permanece baixo. Portanto, a recomendação pela continuidade da vacinação está mantida, uma vez que, até o momento, os benefícios dessas vacinas superam os riscos.

Em julho de 2021, a Anvisa alertou a sociedade sobre o risco de miocardite e pericardite após a vacinação contra Covid-19 feita com imunizantes de plataforma de RNA mensageiro (RNAm). O alerta foi feito quando a Agência tomou conhecimento da ocorrência de casos dessas doenças associados às vacinas, após análise da agência reguladora norte-americana (Food and Drug Administration – FDA). Naquele período, a Anvisa ainda não havia recebido notificações de eventos com suspeita de miocardite após vacinação contra Covid-19 no Brasil, mas cumpriu seu papel na sensibilização de serviços e profissionais de saúde para o adequado diagnóstico, tratamento e notificação de casos.

Com o avanço da campanha de vacinação contra a doença no Brasil e a entrada de outras vacinas no mercado nacional, a Anvisa e o Ministério da Saúde divulgam uma atualização sobre o risco nacional de miocardite e pericardite após o uso de vacinas contra Covid-19. 

Desde a aprovação dessas vacinas no Brasil, a Agência e o MS têm monitorado e investigado, contínua e ininterruptamente, a ocorrência de eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização (Esavi), anteriormente conhecidos como eventos adversos pós-vacinação (EAPV). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses eventos abrangem:

“Qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação, não possuindo necessariamente uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um Esavi pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou achado laboratorial anormal.”

Histórico

Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), até 31 de dezembro de 2022 foram administradas 501.573.962 doses de vacinas contra Covid-19 no país.

Nesse período, foram notificados 154 casos de miocardite, definidos segundo critérios da Brighton Collaboration (rede global de pesquisa de segurança de vacinas sem fins lucrativos para profissionais de saúde), ocorridos após as vacinas. Isso corresponde a uma incidência de 0,031 a cada 100 mil doses aplicadas.

Até o momento, não houve nenhum óbito por miocardite ou pericardite com associação causal com a vacina contra Covid-19 no Brasil. Por sua vez, a literatura aponta que a incidência dessas doenças associada à vacina varia entre 0,58 e 2,4 a cada 100 mil doses aplicadas.

É importante destacar o benefício e a proteção das vacinas contra Covid-19, uma vez que a taxa de miocardite associada à própria doença é de 30 casos por milhão para a população em geral.

A Anvisa destaca que as notificações recebidas pelo sistema VigiMed ou pelo Ministério da Saúde, por meio do e-SUS Notifica, constituem, inicialmente, eventos temporalmente associados à vacinação e que podem ou não ter relação de causa e efeito com a vacina. Todos os casos notificados são investigados e classificados para causalidade, conforme definições e critérios estabelecidos internacionalmente.

 

 

Tags

Autor