Negócios do Banco Master devem virar alvo de CPI na Câmara
Lula e Hugo Motta entram em rota de colisão: projeto antifacção; requerimento da CPI do Banco Master avança na Câmara e Senado mira o fim da reeleição
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‘TORNOZELADOS’, UNI-VOS!
Se alguma universidade pública quiser se conectar ao mundo real - para debater novos conceitos - “tornozelado” é a palavra em voga em Brasília.
CÓDIGOS DA MODA
Antes, ouviam-se com frequência nos rádios de agentes de segurança expressões como “Águia em deslocamento” ou “El Cóndor voando”. Agora, o que mais se escuta é: “tornozelado tomando sol”, “tornozelado fumando”, “tornozelado” isso e aquilo.
CONSTRANGIMENTO TOTAL
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), ao argumentar contra o destaque - votação separada - de uma emenda do deputado Marcel van Hatten (Novo-RS), que proíbe o alistamento eleitoral de presos provisórios e cancela o título de quem já o possua, questionou: “o que impede um preso que não foi condenado de votar?”.
SAÍDA POR CIMA
Escanteado da indicação para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também rejeitou a oferta do presidente Lula da Silva (PT) para apoiá-lo na disputa pelo governo de Minas Gerais. “Estou na iminência de deixar a vida pública”, afirmou.
DE UM LADO, LULA
O presidente Lula criticou o texto aprovado na Câmara, dizendo que ele “enfraquece o combate ao crime”. Segundo ele, “troca o certo pelo duvidoso e só favorece quem quer escapar da lei”. O projeto antifacção foi aprovado por 370 votos a favor e 110 contrários.
DO OUTRO, MOTTA
Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rebateu as declarações de Lula, afirmando que “quem critica o projeto está desinformando a população e divulgando inverdades”.
CPI DO MASTER
O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) está coletando assinaturas para instalar uma CPI que investigará fraudes e negócios pouco republicanos entre o Banco Master e o BRB - banco cujo capital é majoritariamente do governo do Distrito Federal.
‘FRAUDE BILIONÁRIA’
Em entrevista à coluna, Rollemberg defende que “só uma CPI pode unificar as investigações, apurar responsabilidades e esclarecer as falhas de fiscalização”. O autor do requerimento de CPI adverte que “o Parlamento não pode se omitir diante de um caso dessa dimensão. De uma fraude bilionária”.
PENSE NISSO!
Até que enfim o Senado Federal pode dar um presente de Ano Novo aos eleitores: votar o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República. Os chefes do Executivo passariam a ter mandato de cinco anos.
Com isso, haveria também a unificação das eleições, e o país deixaria de viver essa farra eleitoral de dois em dois anos - exceto o Distrito Federal, que, convenhamos, não tem Executivo municipal. Menos gastos com fundo eleitoral.
Ora, alguém em sã consciência imagina diferente? Assim que assume o mandato na prefeitura, no governo estadual ou no Palácio do Planalto, o gestor já está - embora negue - com os olhos voltados para a reeleição quatro anos depois.
Ponto para o dinheiro do contribuinte ou, como diz a advogada tributarista natural de Ipubi, Mary Elbe: para o “pagador de imposto”, em vez do “contribuinte”.
Pense nisso!