Lula realiza curta reunião ministerial, com apenas 15% dos ministros falando

Presidente da CPMI do INSS ameaça cassar credencial de jornalista que vazar informações. Carlos Viana (MG) só não sabe como indiciar investigados

Por Romoaldo de Souza Publicado em 26/08/2025 às 17:56

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IMPACIÊNCIA
O presidente Lula da Silva (PT) olhou o relógio ao menos cinco vezes enquanto um de seus ministros fazia relatos das atividades durante a reunião ministerial. Lula criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo de Israel e o cancelamento do visto norte-americano do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, considerando um “gesto irresponsável” por parte dos Estados Unidos. "Minha solidariedade e solidariedade do governo a você por conta do gesto irresponsável dos EUA de cassarem o teu visto (…) Eu acho que é vergonhoso para eles e não para você”. A maioria dos ministros usava boné azul com a frase “o Brasil é dos brasileiros”, escrita em branco.

TEMPO CONTADO
Dos 38 auxiliares, somente seis apresentaram relatos: Geraldo Alckmin, Indústria e Comércio; Sidônio Palmeira, Comunicação Social; Fernando Haddad, Fazenda; Márcio Macêdo, Secretaria-Geral; Mauro Vieira, Relações Exteriores; e Gleisi Hoffmann, Relações Institucionais.

50 EM 5 VERSUS 40 EM 4
O lema informal do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), tem um quê de Juscelino Kubitschek (1902-1976). O governador paulista defendeu um choque de gestão e disse que “o Brasil precisa fazer 40 anos em quatro”. JK criou o slogan “50 anos em cinco” com a promessa de crescimento acelerado do país.

PT DEFENDE REDUÇÃO DA BANCADA DE PERNAMBUCO
No programa “Passando a Limpo” da Rádio Jornal, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que “não faz sentido criar mais despesas — ainda que não seja uma grande despesa, mas tem um simbolismo importante”. Ao defender a manutenção do veto do presidente Lula ao projeto que aumenta o número de deputados — passando de 513 para 531 — Humberto Costa está de acordo com redução da representação de Pernambuco na Câmara Federal. Hoje são 25. Passará para 24. A Alepe perderá duas cadeiras.

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Ainda que a Câmara tenha “esquecido” o projeto, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) tem pressa. “É importante a gente correr com esse tema, antes que o Judiciário se meta no assunto”.

PENSE NISSO!
“Mais perdido do que cego em tiroteio”, como preconiza o ditado popular, o presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), ameaçou caçar a credencial de jornalistas que vazarem informações sigilosas decorrentes da apuração que a comissão estiver realizando.

O que Sua Excelência finge não saber e se arvora de todo-poderoso é que é obrigação do jornalismo sério e comprometido com o ouvinte/leitor fazer chegar as informações que ele apurar. A menos que coloque em risco de morte o interessado. No mais, senador, não venha dar uma de Lula, não.

Em 2004, na crista da onda, antes de explodir o “Mensalão do PT”, um dos maiores esquemas de corrupção no país, Lula decidiu caçar a credencial do jornalista norte-americano Larry Rohter, por divulgar informações “levianas, mentirosas e ofensivas à honra do presidente”, segundo justificativa do Ministério da Justiça. Rohter escreveu sobre hábitos etílicos do presidente. A medida autoritária não vingou.

Pense nisso!

 

 

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