Flávio Dino diz que 'cancelamento' de Alexandre de Moraes não vale no Brasil
Silvio Costa Filho diz que o país está cansado do 'nós contra eles'. Já o relator da CPMI do INSS afirma que não vai tolerar 'narrativas'.

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AQUI, NÃO
O ministro Flávio Dino não citou o colega do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, mas determinou que a aplicação da Lei Magnitsky — imposta pelos Estados Unidos contra o relator da “trama golpista”, não terá validade no território brasileiro. “Ficam vedadas imposições, restrições de direitos ou instrumentos de coerção executados por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País”.
JÁ AVISOU
O Banco Central já foi notificado que Moraes continuará realizando transações comerciais e bancárias com o seu cartão de crédito sem limite. “Decisão de outro país só vale no Brasil se a Justiça validar”. O governo dos Estados Unidos ficará sabendo.
NÓS QUEM?
Quem escuta o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, fica se perguntar: de que governo ele está falando, especificamente? Ao anunciar a concessão da hidrovia no rio Paraguai, Silvio Costa Filho disse que “a gente está cansado desse divisionismo, dessa disputa permanente entre nós e eles”.
BIG BOSS
O chefe do ministro de Portos e Aeroportos não dá um piu sem dividir o país entre aqueles que lhe beijam a mão e corroboram com suas teses e argumentos, e aqueles a quem Lula da Silva (PT) quer converter.
‘SEM NARRATIVAS’
O relator da CPMI do INSS, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), advogado por formação e com mestrado incompleto, deu a entender que passou longe das provas do Enem. Abordado pela coluna sobre como pretende conduzir as investigações, o parlamentar disse que quer evitar “as narrativas”.
ORA, ORA
Sua Excelência bem que deveria saber que as narrativas nada mais são do que histórias — por vezes — bem contadas no tempo, no espaço, das personagens e dos conflitos. Ou, como se diz no bom e raro jornalismo: sujeito + verbo + complemento. Não há que ser ingênuo para imaginar que ali, na CPMI, tenha algum tolinho.
E AGORA, EVO?
Qual será a lição que a esmagadora derrota sofrida pela esquerda boliviana deixará para o grupo que comanda o Planalto hoje? Ano que vem tem eleições.
MEU GAROTO!
Nunca é demais lembrar que as asinhas de Alexandre de Moraes foram “implantadas” pelo então presidente Michel Temer (MDB). Nesta segunda-feira (18), o padrinho político disse que o afilhado “tem agido em conformidade com a Constituição” e que “não deveria ser sancionado” pelo governo de Donald Trump.
PENSE NISSO!
Oh, não sou somente eu. Até um ministro de Lula, daqueles que sempre tem agenda com o presidente, anda dizendo por aí que essa “forçada” polarização não ajuda nos negócios do país nem na política brasileira.
Ocorre que o mesmo Silvio Costa Filho — que foi quem andou reclamando — sabe que o chefe dele é quem alimenta esse comportamento para revigorar o racha na sociedade e fortalecer sua significativa parcela divisionista.
Lula da Silva quer assim porque ele sabe que a pulverização de ideias não ajuda seus planos de perpetuar sua legenda no poder. Quanto mais dividida estiver a sociedade, mais ela se consolida.
Menos tensão, mais fragilidade desse plano de eternização do petismo.
Pense nisso!