Maioria da bancada de Pernambuco votou pela flexibilização das regras ambientais. Parte dos deputados não compareceu à votação

Bolsonaro volta ao Senado, faz discurso, chora e ainda sustenta que não tem mais dinheiro para o filho Eduardo, que está nos Estados Unidos

Por Romoaldo de Souza Publicado em 17/07/2025 às 21:36

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DESEQUILÍBRIO
O deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) disse à reportagem da Rádio Jornal que a decisão imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para validar o decreto do Executivo sobre o aumento do IOF, causou desequilíbrio entre os Poderes da República — e penaliza os mais pobres: “diferentemente do discurso do governo Lula da Silva, essa medida afeta os mais pobres, porque interfere diretamente no crediário — na compra de uma geladeira”, por exemplo.

MEU AMIGO, O PIX!
O governo Lula rebateu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com uma tirada recheada de humor: “O Pix é nosso, my friend”. O Brasil não precisa de mais Pix. Quem tem o ministro do STF, Dias Toffoli, como aliado não precisa de mais nada.

NO VERMELHO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que já chegou ao fundo do poço, ao ser questionado sobre repasse de recursos para o filho deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos. “Já mandei R$ 2 milhões, não tenho mais”.

BOLSONARO NO SENADO
Numa sessão especial em homenagem à Igreja Maranata, Jair Bolsonaro subiu à tribuna, disse que “o Brasil poderia ser a terra prometida do Ocidente” e chorou quando lembrou seus quatro anos de mandato.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL
No apagar das luzes, antes do início do recesso, a Câmara aprovou a Lei Geral de Licenciamento Ambiental. As novas regras, segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, flexibilizam as normas ambientas e serão “uma vergonha para o país, que vai sediar a COP30”. O presidente Lula poderá vetar a nova lei.

BANCADA PERNAMBUCANA APROVOU
Dos 25 deputados, 12 votaram a favor da medida — André Ferreira (PL), Augusto Coutinho (Republicanos) Valdemar Oliveira (Avante), Clarissa Tercio (PP), Coronel Meira (PL), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Rodolfo (PL), Guilherme Uchoa (PSB), Lucas Ramos (PSB), Mendonça Filho (União Brasil), Ossesio Silva (Republicanos) e Pastor Eurico (PL). Seis foram contra: Carlos Veras (PT), Clodoaldo Magalhães (PV), Eriberto Medeiros (PSB), Maria Arraes (Solidariedade), Renildo Calheiros (PCdoB) e Túlio Gadelha (Rede) e sete não estavam na hora da votação: Felipe Carreras (PSB), Fernando Coelho Filho (União Brasil), Fernando Monteiro (Republicanos), Iza Arruda (MDB), Luciano Bivar (União Brasil), Lula da Fonte (PP) e Pedro Campos (PSB).

PENSE NISSO!
O canadense Leonard Cohen (1934-2016) cantou em “Anthem”: “There is a crack, a crack in everything. That's how the light gets in” [“Há uma rachadura em tudo. É assim que a luz entra”].

Pois foi por essa fresta que a mão audaciosa do STF)estendeu seus tentáculos e acuou o Parlamento.

É sempre prudente — em se tratando dos poderes da República — não deixar dois deles juntos, sem vigilância. O terceiro, no caso o ausente, será sempre o que acabará emparedado.

Houvesse uma dose de ousadia ou quem sabe de altivez, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), faria uma convocação extraordinária, suspenderia o recesso e abriria um canal de aproximação com a sociedade.

Seriam 15 dias de discussões: sobre a crise gerada pelo anúncio da supertaxação feito pelo presidente Donald Trump, sobre o atropelo imposto pelo ministro Alexandre de Moraes; e ainda sobraria tempo para enquadrar o presidente Lula da Silva (PT), por ter vetado — com argumento sem fundamentos plausíveis — o aumento do número de deputados.

Pense nisso!

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