Romoaldo de Souza | Notícia

Presidente da Câmara cobra do governo federal medidas efetivas de ajuste fiscal

Suplente de Carla Zambelli (PL-SP) assume mandato elogiando a colega que fugiu do país "para escapar das garras do Poder Judiciário"

Por Romoaldo de Souza Publicado em 07/06/2025 às 18:35

APERTEM OS CINTOS!
O paraibano Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara dos Deputados, nasceu em um estado onde é comum a presença de sapateiros colocando meia-sola e lustrando calçados.

UM BURACO A MAIS
Em Princesa Isabel, havia um senhorzinho chamado Seu Dóinha. Certa vez, um político da região sentou-se no tamborete, tirou o cinto da calça e pediu que ele furasse mais um buraco. “Tá cumeno pôco, dotô?

SEU DÓINHA!
Ontem, Motta lembrou seu conterrâneo ao cobrar do governo que apoia mais “responsabilidade fiscal”. Segundo o deputado: “O brasileiro já apertou demais o cinto. Não é razoável que o Estado siga aumentando a própria barriga”.

‘MAIS MACHO QUE MUITO HOMEM’
“Baixou a machona na deputada.” Ao contrário do que pensa boa parte da direção do PL, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) elogia a decisão da colega de bancada de “escapar a todo custo das garras do Judiciário”, fazendo lembrar a letra da música “Pagu [Rita Lee (1947-2023) e Zélia Duncan].

ME ENGANA QUE EU GOSTO
As primeiras declarações do Coronel Tadeu (PL-SP), logo após ser convocado para assumir a vaga de Carla Zambelli, foram de que está vivendo “uma mistura de tristeza com alegria”. Chegado às metáforas, Coronel Tadeu já defendeu “uma surra no meio da rua”, no então governador João Dória (PSDB).

ESGOTO POLÍTICO
Chegou a hora dos ambientalistas arregaçarem as mangas para lutar contra o projeto de lei que tem por objetivo prorrogar para 2040 o prazo da universalização do saneamento básico, marcado para 2033. “Isso mostra a desconexão da realidade do Brasil”, argumenta o ministro das Cidades, Jader Filho, contrário ao projeto. O Brasil tem cerca de 100 milhões de moradores sem acesso ao serviço de coleta de esgoto.

OH, RECIFE!
Ah, o Recife na ótica do sergipano DJ Dolores - um dos mais renomados arranjadores, integrante da trupe que deu origem ao MangueBeat, “que revolucionou a música brasileira”, dos anos 90. “Lugares para chorar no Recife e outros” (editora Seja Breve) chega às livrarias e às mesas das cafeterias - que é onde vou ler o meu exemplar - causando sensações diversas. Uma delas é de reflexão sobre a solidão e a “sua companhia imaginária” numa mesa posta para dois. Dolores lembra que “Demorará dias, semanas, meses, talvez anos — a depender do tamanho da sua dor. Em algum momento, tudo cessará e você perceberá que aprendeu a preparar e servir um jantar para dois.”

PENSE NISSO!
Ainda me recordo da manhã de 3 de junho de 1992, quando o presidente Fernando Collor de Mello (PRN) abriu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, batizada de Rio-92.

A expectativa do mundo era que, dez anos depois o país estaria livre de dois males: as queimadas e a devastação de suas florestas.

Do lado de fora - e bem distante do Hotel Glória, onde estavam as delegações internacionais - milhares de manifestantes de [quase] todo o planeta protestavam contra o abandono sem fim da Amazônia.

Trinta e três anos após a Rio-92, o Brasil se prepara para sediar a COP30 - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - com as queimadas e a devastação assolando a Amazônia.

Será que nada mudou?

Pense nisso!

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