Lula e Macron divergem quando o assunto é a invasão da Ucrânia pelas tropas russas
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, diz que "não é um caminho razoável" o Código Eleitoral destinar 20% das cadeiras no Legislativo para mulheres

TU N’AS PAS COMPRIS
Ainda que coroada com juras de amor eterno, a viagem do presidente Lula da Silva (PT) à França acabou sendo banhada em águas turvas - e o motivo é a guerra entre Ucrânia e Rússia que teve início em fevereiro de 2022, quando as tropas de Vladimir Putin invadiram o país comandado por Volodymyr Zelensky.
MACRON CORRIGE LULA
Para o presidente brasileiro, que desde o início do conflito tomou o partido do invasor, “os dois [Rússia e Ucrânia] têm que decidir pela paz”. Mas Macron pôs Lula em seu devido lugar: “Não podemos tratar os dois lados de maneira similar”. E alertou o brasileiro: “Ele [Putin] iniciou a guerra e não quer o cessar-fogo”.
’TÓXICA DEMAIS’
A presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, foi a estrela da propaganda que convocava mulheres do partido a se reunirem em Brasília, no “Encontro Nacional de Mandatárias”. No aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, as liberais eram recebidas com um abraço. Uma militante de Campo Grande (MS), que pediu para não ser identificada, soltou um “ainda bem” quando comentei sobre a situação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que fugiu do Brasil para escapar das garras do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “É muito tóxica. Ô que mulher tóxica! É tóxica demais”. Nas eleições de 2022, Zambelli recebeu 946.244 votos [3,98%]. A militante sul-mato-grossense foi candidata nas últimas eleições e não foi eleita vereadora de Campo Grande.
ALCOLUMBRE CONTRA COTAS FEMININAS
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que o Brasil “precisa de legislação eficiente” em vez da obrigatoriedade de reservar vagas para mulheres nas disputas eleitorais. “Não é um caminho razoável”, disse, ao criticar o Código Eleitoral que destina 20% das cadeiras no Poder Legislativo para mulheres.
PERGUNTAR NÃO OFENDE…
…mas se ofender? Lula disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um “genocida”, ao responsabilizá-lo “por parte das 700 mil mortes” em decorrência da covid-19. Agora, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mandou a Polícia Federal abrir inquérito contra uma mulher que chamou o presidente Lula de “ladrão”.
POR FALAR EM HONRA
Não escutei a chiadeira de antes em favor da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quando Lula constrangeu a ex-seringueira dizendo que ela está “magrinha” de tanto trabalhar. “Ela foi do Acre, na Amazônia, para ver se ficava mais robusta lá em Brasília. Mas dão tanto trabalho para ela que ela não consegue engordar”.
PENSE NISSO!
Nem, nem! A melhor resposta da pesquisa Quaest. O eleitor não quer mais a cara de Lula nem de Bolsonaro. O Brasil clama por novos rostos.
Ah, e nesse quesito, nomes é que não faltam. Só o PSD, de Gilberto Kassab, tem logo três. O PL ,de Bolsonaro, tem ainda mais. Republicanos também tem nomes a oferecer. E tudo gente capaz. Só o PT que parou nos anos 1980 e não construiu uma liderança de peso.
Chegou a hora de parar de gastar tinta com essa polarização que só fortalece os dois personagens.
E se eles estão em evidência, o país vai mal.
Pense nisso!