Romoaldo de Souza | Notícia

Com apoio de governistas, oposição protocola pedido de CPMI do INSS

Maioria da bancada pernambucana na Câmara, majoritariamente governista, não apoiou a CPMI. No Senado, nenhum dos três senadores assinou o requerimento

Por Romoaldo de Souza Publicado em 12/05/2025 às 20:50

NÃO ME DIGA!
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse ao Poder360 que não vê problema nas fotos que rodaram o mundo do presidente Lula da Silva (PT) ao lado de ditadores que não têm nenhuma afeição pela democracia: “problema nenhum”.

ENQUANTO ISSO…
…Lula diz que as críticas à sua viagem à Rússia não passam de “exploração política”.

TRÂNSITO VIOLENTO
O Brasil registrou 34.881 mortes no trânsito no ano passado. Enquanto isso, especialistas se digladiam para defender o uso do termo “sinistro” em vez de “acidente de trânsito”. E há estudiosos que apontam subnotificações.

AGORA VAI [?]
Duas parlamentares - a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) - arregaçaram as mangas das blusas, coletaram 259 assinaturas (36 no Senado e 223 na Câmara) e protocolaram na Mesa Diretora do Congresso o pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), destinada a investigar a roubalheira nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

DANDO AS CARAS
Dos 25 deputados de Pernambuco, apenas seis assinaram o requerimento apoiando as investigações contra o roubo no dinheiro dos aposentados: Coronel Meira, André Ferreira, Fernando Rodolfo e Pastor Eurico (PL), Clarissa Tércio (PP) e Mendonça Filho (União Brasil). Já no Senado, nenhum dos três senadores do estado apoia a investigação pelo Congresso que, segundo o requerimento, “é necessária para proteger os direitos dos aposentados e pensionistas, recuperar recursos desviados, responsabilizar os envolvidos, corrigir falhas institucionais, restaurar a confiança pública e prevenir novos crimes contra o sistema previdenciário brasileiro”.

OU VAI…
O presidente do PDT, Carlos Lupi, convocou uma reunião da direção da legenda para discutir a crise no INSS e a relação com o governo Lula. Lupi foi demitido por não ter agido a tempo para impedir a roubalheira na autarquia.

…OU RACHA
Na Câmara, a maioria dos 17 deputados do PDT quer manter uma “distância protocolar” do governo, como disse à coluna o líder Mário Heringer (MG) - ou seja, ficar próximo somente quando for de interesse dos trabalhistas. Já no Senado, os três senadores do partido continuam na base aliada ao Planalto.

TRANSPARÊNCIA ZERO
Ainda bem que nem o recém-matriculado estudante de Direito acredita na lorota das autoridades do Judiciário, que dizem ser o “Poder da transparência”. O Supremo Tribunal Federal (STF) insiste em omitir dados sobre viagens de seus 11 ministros em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

DO MESMO JEITO…
…que o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, disse que o Judiciário vai “abrir as janelas” para escutar “o que dizem as ruas”, com a mesma dissimulação ignorou pedidos de informação - com base na Lei de Acesso à Informação (LAI) - para revelar quais ministros andam para cima e para baixo em jatinhos exclusivos da FAB.

ÚLTIMA!
O embaixador do Brasil no Vaticano, Everton Vargas, terá encontro com o papa Leão 14, na sexta-feira (16). Na pauta, a COP30 em Belém (PA), que ocorrerá em novembro.

PENSE NISSO!
Eu custei a acreditar. Reli as informações que havia recebido de um amigo maranhense. Liguei para algumas fontes e todas concordaram: Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal, é mais político do que jurista.

Numa “descontraída” aula magna, Dino fez uma “indicação” de futura chapa para disputar o governo do Maranhão, estado de onde ele saiu, deixando a marca de ser um dos estados com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Ao avistar na plateia o vice-governador, Felipe Camarão (PT), Flávio Dino disse: “É uma alegria te ver [na palestra], Felipe, e em nome dessa amizade, quero te dar uma sugestão: ponha a [professora] Teresa [Helena] de vice-governadora porque vai ficar imbatível, a mulher é popular, viu?”, afirmou Dino.

Quando um juiz de primeira instância ou de um tribunal superior começa a fazer política partidária - ainda que de forma subliminar - o seu papel como ministro da mais alta corte de justiça do país esvanece.

Pense nisso!

 

 

 

 

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