Carlos Lupi, o ‘João-de-barro’ do governo, segue firme no comando da Previdência Social
Presidente da Câmara articula texto mais brando e mais específico sobre anistia ao envolvidos no 8 de janeiro. "Esse que está aí, não passa."

MULTIFUNCIONAL
Enquanto o ministro Rui Costa está em viagem ao exterior, a substituta, Miriam Belchior, vai tocando o barco e de repente, esbarrou na má vontade do colega Carlos Lupi de demitir o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em meio a denúncias de corrupção e fraude, após operação da Polícia Federal. Pois não é que a doutora entrou no portal do governo, usou a “estrutura” da Previdência Social e ela mesma foi quem assinou a demissão de Stefanutto. É uma faz-tudo.
DURO NA QUEDA
Mesmo com todo o imbróglio envolvendo o comando do INSS, o ministro Carlos Lupi segue firme “feito uma casa de João de Barro”, como ele mesmo diz. Presidente do PDT, Lupi tem 17 votos a oferecer ao governo Lula.
COMITIVA ENXUTA
O presidente Lula da Silva (PT) embarcou com destino a Roma, para o funeral do papa Francisco (1936-2025), com uma comitiva quantitativamente falando bem mais modesta, do que outras viagens internacionais. São 12 parlamentares [oito deputados e quatro senadores], quatro ministros [Relações Exteriores, Justiça e Segurança Pública, Desenvolvimento Agrária e Direitos Humanos], um assessor especial [relações internacionais] e a primeira-dama. O presidente do Supremo Tribunal Federal também é um dos convidados.
TAPAS E BEIJOS
Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tomava um drink para relaxar na viagem de quase 12 horas a Roma, a oposição trocava impressões pouco republicanas do paraibano. Após reunião com a maioria dos líderes partidários, Motta anunciou que não vai pautar a urgência do projeto de lei da anistia aos evolvidos no quebra-quebra de 8 de janeiro de 2023.
OBSTRUÇÃO
O deputado disse que entende a posição do PL que anunciou obstrução da pauta de votação, mas que a Câmara “tem outras prioridades” a serem votadas. Embora não tenha sepultado de vez a esperança dos bolsonaristas. “Nós seguiremos conversando para que a Casa possa encontrar uma saída”.
‘A PORTA DA ESPERANÇA’…
… do líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), imagina que há espaço para revisão do projeto, afim de captar apoios. Ele disse ter ouvido de algumas lideranças que é preciso “ver o texto final, para a gente decidir votar ou não maioria das nossas bancadas”.
OPERAÇÃO MEIA-BOCA
A Câmara queria dar ao deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), no mínimo, um “atestado de boa conduta” e livrá-lo das investigações do processo de suposta tentativa de golpe de Estado, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) disse que a queixa-crime segue normal, quando a pauta é “aquilo que ocorreu quando ele era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)” e teria espionado adversários do governo Bolsonaro. Já a acusação de “danos ao patrimônio público”, de 8 de janeiro, vão temporariamente para a gaveta até que termine seu mandato.
PENSE NISSO!
Com uma oposição especializada em pirotecnia, pouca consistência nos discursos e articulação beirando o zero, o Tribunal de Contas da União (TCU) faz seu papel de órgão fiscalizador e está cobrando explicações do Executivo sobre o “resgate” que o governo Lula fez da ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, condenada por corrupção.
A análise passa por uma provocação do presidente da Comissão de Relações Exteriores, deputado Filipe Barros (PL-PR), que quer saber se houve “desvio de finalidade no emprego de uma avião da Força Aérea Brasileira” para trazer Nadine Heredia para o Brasil.
Se a oposição fizesse menos barulho, menos “lives” e mais discursos com sujeito, verbo e complemento, o país teria alguma chance de encontrar o rumo que o governo não tem.
Mas os parlamentares de oposição só querem falar de anistia, anistia… Aí fica difícil.
Pense nisso!