Romoaldo de Souza: Fazenda vai editar medida provisória para evitar pedaladas fiscais
A articulação política do governo não gostou das críticas do ministro da Fazenda ao Congresso Nacional sobre a falta de votação do Orçamento da União
QUASE SORORIDADE
A fraternidade feminina, daí o conceito de sororidade, esbarra no limite ideológico que cada uma das irmãs pratica. Quando a deputada Delegada Katarina Feitoza (PSD-SE) tentou, sem sucesso, apaziguar os ânimos, pedindo silêncio e nem a oposição nem os governistas, ninguém atendeu seus apelos, enquanto presidia a sessão da última quarta-feira (19), algumas parlamentares foram lhe prestar solidariedade.
A FRATERNIDADE TEM LIMITE
Integrantes da bancada feminina tentaram, sem sucesso, marcar um ato de protesto contra o que chamam de manterrupting uma forma de discriminação contra o gênero feminino. Aí já não há consenso. A sororidade foi deixada de lado.
UMA COISA É UMA COISA
Você não precisa pagar uma nota preta ao “treinador” Pablo Marçal (PRTB) para perceber um certo direcionamento no interrogatório do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao tenente-coronel Mauro Cid, no decorrer da delação premiada.
SAMBARILOVE
É o tipo de inquirição que tem a resposta “embutida” na pergunta, como fazia o Professor Raimundo - personagem de Chico Anysio (1931-2012) ao “aplicado” aluno Armando Volta (David Pinheiro).
- Qual é a menor unidade militar? Pergunta o professor. O aluno não sabe, mas trouxe um cachorro de pelúcia de presente para o educador, que resolve dá uma dica.
- Esse cachorro tem um pelo tão, um pelo+tão. A aluno acerta na bucha. São as narrativas.
‘ESPETO DE PAU’
Um dos quesitos que mais se questiona na gestão de Nisia Trindade, da Saúde, é a descontinuidade e até enfraquecimento de campanhas como o Programa Nacional de Imunizações. O colunista Tácio Lorran, do Metrópoles, matou a charada. A ministra não concluiu o ciclo vacinal da Covid, deixando de lado a dose de reforço, no ano passado.
CONFLITO IMINENTE
Ao criticar o Congresso Nacional “por ainda não ter votado o orçamento” deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá de ser obrigado a editar uma medida provisória de cerca de R$ 4 bilhões para manutenção das linhas de crédito do Plano Safra. Sem a MP o governo corria sério risco de dar umas pedaladas fiscais para não atrasar o programa.
VARA CURTA
Não parece de bom tom, Haddad ficar criticando o Congresso Nacional para onde será encaminhada sua medida provisória. Sendo rejeitada a MP, aí o governo vai se ver sem dinheiro nem para fazer cantar um cego na esquina.
JOGADOS AOS LEÕES
Não é somente a família do Walter Braga Netto (PL) que teme que o general seja esquecido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-ministro da Justiça Anderson Torres também sofre da síndrome do abandono bolsonarista.
PL NA MOITA
Dos arrolados no pedido de indiciamento, apenas Alexandre Ramagem (PL-RJ) tem mandato parlamentar. A amigos ele tem se queixado que o partido não lhe deu “a necessária atenção”. Agora que o presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto escapou das garras do relatório do procurador-geral da República, Paulo Gonet, é mais confortável manter-se silente.
PENSE NISSO!
Estou esperando até agora uma manifestação de grupos de direitos humanos, partidos [chamados] de esquerda, igrejas que se autorrotulam de progressistas - até o fechamento desta coluna - todos foram omissos. Ninguém deu um piu para as cenas macabras dos terroristas do Hamas devolvendo corpos dos reféns mortos.
É o mesmo tipo de colegas jornalistas e de autoridades que baseiam seus fundamentos nos dados divulgados pelo “Ministério da Saúde do Hamas” - está entre aspas porque muitos mencionam essa fonte.
Já expressei aqui nesta coluna, minha opinião sobre o Estado Palestino, mas passar pano para um grupo terrorista só mostra o rumo de uma sociedade doente.
Pense nisso!