Senado exclue armas e munição do "imposto do pecado"
"Briga de foice", segundo assessor do Planalto, numa referência a constantes interferências indevidas da primeira-dama na comunicação do governo

AS ARMAS E O PECADO DO SENADO
Um grupo “desarmamentista” no Senado Federal trabalhou para incluir armas e munição na lista dos produtos que sofrerão incidência tributária elevada, também chamado de imposto do pecado. “Lamentavelmente, não conseguimos”, disse o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). Foram 49 votos a 19. Os três senadores de Pernambuco: Fernando Dueire (MDB), Humberto Costa e Teresa Leitão (PT) votaram a favor de incluir armas no “imposto do pecado”.
AS ARMAS DE LEWANDOWSKI
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu críticas do presidente da Comissão de Segurança Pública, Alberto Fraga (PL-DF), que reclamou de uma suposta “ação orquestrada pelo governo federal para desarmar o cidadão”. Para Lewandowski, o decreto que encontra-se em análise na Casa Civil da Presidência da República “visa tão somente focar na regulação do uso e do porte de armas e que armas devem ser restritas a agentes de segurança”. O ministro da Justiça completou que “no caso dos cidadãos, somente em situações extremadas”, afirmou.
PIMENTA NA COMUNICAÇÃO DOS OUTROS
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse a um deputado com quem tem divido a cuia do chimarrão, pelo menos uma vez por semana, que tem enfrentado “pesado bombardeio” que vem de um gabinete nada oficial, no Palácio do Planalto. Antes mesmo de desembarcar de mala de cuia nas hostes governamentais, mandando mais que muitos dos 39 ministros, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, tem minado a Secom de Pimenta. “Mas amigo [Pimenta], se a mulher dá ordens até no marido [Lula], o jeito é resignar-se”, retrucou o interlocutor.
HADDAD, O PLANO A
Tido como o poste de Lula, quando o petista estava preso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu um sorriso de canto a canto da boca quando leu na pesquisa Quaest que os entrevistados olham para aquele sei jeitão de “Antonio Bandeiras do Planalto” como o sucessor de Lula da Silva, ultimamente com a saúde abalada.
DEDÃO, NÃO!
Já imaginou pagar multa de R$ 88,38 e levar três pontos na Carteira de Habilitação? Pois é! A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados decidiu que motorista que fizer gestos obscenos ou xingar outro motorista ou até mesmo um pedestre, um motoqueiro, terá de ser punido. “Há uma falta de cordialidade de alguns condutores que o código de trânsito precisa reprimir”, disse em entrevista à Rádio Jornal, o autor do projeto, deputado Carlos Bezerra (MDB-MT).
ARGENTINA REAGE
O governo do presidente argentino Javier Milei determinou “prioridade máxima” à embaixada no Brasil para acompanhar as investigações que apuram violência contra o secretário de Turismo de Bariloche, no sul do país, Gaston Burlon. “Turistando” no Rio de Janeiro, Gaston, a mulher e uma filha estavam a caminho do Cristo Redentor, quando o GPS os direcionou para uma favela dominada por traficantes do Comando Vermelho. O secretário foi atingido com dois tiros.
BAILAR CON LA HERMANA
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), bateu à porta do ministro do Esporte, Andre Fufuca, pedindo apoio do governo federal para uma campanha que Brasília vai lançar, com o objetivo de sediar a final da Libertadores da América em 2025. “A Arena Mané Garricha seria o cenário perfeito”, disse o governador. A ideia de escolher o local do jogo final, antes do início do campeonato não agradou à imprensa argentina. A crônica esportiva comentou que a final disputada entre Botafogo e Atlético Mineiro, jogado no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, foi como tirar a irmã para dançar.
PENSE NISSO!
Volto a insistir que foi um erro da Assembleia Nacional Constituinte (1987) não ter determinado imediato afastamento de prefeitos, governadores e presidente da República quando fossem se submeter a procedimentos médicos, com anestesia geral.
E ainda considero importante que o Congresso Nacional, que vive reclamando das constantes intromissões do Poder Judiciário, fazer revisão desse item.
Está na hora de deputados e senadores fazerem uma operação pente-fino na atual Constituição e dar uma arejada, operando [sem anestesia] uma necessária atualização.
Seria prudente.
Pense nisso!