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Está tendo greve de ônibus em São Paulo? Veja últimas informações

Greve de motoristas e cobradores de ônibus na cidade de São Paulo estava programada para esta quarta-feira (3). Saiba o que foi decidido e os detalhes

Por Suzyanne Freitas Publicado em 03/07/2024 às 5:24

Em uma reviravolta de última hora, a greve de motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, que estava programada para começar à meia-noite desta quarta-feira (03), foi suspensa no fim da noite dessa terça-feira (2).

A notícia foi divulgada pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), e confirmada por líderes sindicais.

A mudança ocorreu por volta das 22h, após uma intervenção de Leite, que se reuniu em seu gabinete com representantes do Sindmotoristas e da SPUrbanuss, o sindicato patronal, para negociar um acordo.

Reuniões e acordos

A confirmação inicial da greve veio após uma série de reuniões entre o Sindmotoristas, o sindicato patronal e representantes de órgãos públicos.

Uma nova assembleia será realizada na tarde desta quarta-feira para definir os termos do acordo, com outra reunião marcada para o dia 10 de julho na Câmara, para resolver questões pendentes.

Milton Leite afirmou que todas as partes envolvidas – trabalhadores, empregadores e o prefeito – ficaram satisfeitas com o acordo. "Não haverá greve", declarou Leite.

O acordo firmado prevê um reajuste salarial de 3,6%, retroativo a 1º de maio, com uma projeção de aumento para cerca de 5% em setembro, conforme o índice do Salariômetro da Fipe. Além disso, o vale-refeição foi ajustado para R$ 35,50 e não será mais descontado do salário.

A jornada de trabalho será de 6h30 com 30 minutos de intervalo remunerado, uma das principais reivindicações dos trabalhadores.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi informado sobre o acordo e elogiou a suspensão da greve, destacando o respeito à população que depende do transporte público. Ele estava preparado para acompanhar a greve logo pela manhã no Centro de Operações da SPTrans.

O presidente do Sindmotoristas, Edivaldo Santana, informou que os sindicalistas iriam às garagens para comunicar a suspensão da greve, garantindo a saída dos ônibus. "Acredito que avançamos bastante", afirmou ele após a reunião.

Durante o dia, houve várias reuniões no Tribunal de Contas do Município (TCM), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e uma última conversa entre patrões e trabalhadores no final da tarde. Até então, o impasse prevalecia.

Na audiência de conciliação no TRT, a SPUrbanuss ofereceu um reajuste salarial de 3,6% sem outros aumentos reivindicados.

Os trabalhadores pediam um reajuste de 3,69% pelo IPCA, mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais da pandemia.

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