GOLPE DO RENAVAM: como golpistas têm enganado proprietários de veículos
Apesar de a internet facilitar as relações de consumo, também é mais um espaço para a ação de golpistas.

Atualmente, existem quadrilhas especializadas em golpes durante o processo de compra e venda de um veículo online. E uma das estratégias é posta justamente em quem, em tese, sente-se mais seguro na hora da venda: o vendedor.
No golpe do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), número de identificação do veículo que o seguirá durante toda a sua vida útil, os criminosos se passam por pessoas interessadas em comprar um determinado veículo.
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COMO FUNCIONA O GOLPE DO RENAVAM?
Os golpistas iniciam conversas com anunciantes individuais e pedem o número da placa - se já não estiver exposto na foto - e do Renavam. Assim, defendem que vão consultar eventuais débitos ou pendências vinculadas àquele veículo.
Logo, conseguem o acesso para mais informações sobre o proprietário, podendo aplicar inúmeros tipos de golpes e até clonar o carro.
COMO NÃO CAIR NO GOLPE DO RENAVAM?
De acordo com o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), antes de comprar um carro usado, é primordial realizar uma consulta sobre possíveis débitos, bloqueios, restrições e histórico de vistorias do veículo no site do órgão.
Dessa forma, é essencial inserir a placa e o número do Renavam. Contudo, é necessário se informar acerca de quem está recebendo esses dados, uma vez que podem ser golpistas.
O Detran-SP esclarece que é ainda mais arriscado compartilhar o número do chassi: "Não é necessário informar a identificação do chassi, uma vez que, além de não ser uma informação essencial para conclusão da negociação, ainda pode ser utilizada em veículos clonados, normalmente frutos de roubo e/ou furto".
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PARA QUE SERVE O CÓDIGO RENAVAM?
Marco Vieira, advogado membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), explica que o código Renavam é considerado o número de identidade do veículo. E também o acompanha da fabricação até a baixa definitiva.
"Além de informações como placa de identificação, cor, marca, modelo, chassi, débitos e restrições, é possível saber todo histórico do veículo a partir desse número. Como todo documento, não é recomendável que pessoas estranhas tenham acesso a tais dados", explica.
Marco ainda acrescenta que a posse das informações da placa de identificação veicular e do Renavam por criminosos pode acarretar sérios danos ao proprietário.
"Existem quadrilhas especializadas em fraude documental. A placa e/ou o veículo são clonados a partir de informações e dados de um automóvel regular em circulação. Com isso, a vítima pode sofrer danos, como multas, suspensão do direito de dirigir e até cassação da CNH", alerta.
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