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O trânsito brasileiro mata muito, mutila demais e ainda custa muito caro. Em Pernambuco, o custo é superior a R$ 6 bilhões por ano. Por isso o Maio Amarelo deveria ser todo mês - ARTES JC
O Maio Amarelo, que em 2022 tem como tema “Juntos salvamos vidas”, deveria ser todo mês, essa é a verdade. Isso porque o trânsito brasileiro é uma máquina de matar. E o País não consegue mudar essa lógica.
Avançamos, mas ainda muito pouco. Temos muito discurso e ações que são mais “espuma” do que efetividade. Mas temos melhorado - não há como negar.
Nos anos de 2012 e 2014 - auge do boom rodoviário com a redução do IPI dos veículos concedido pelo governo federal - chegamos a quase 45 mil mortos no trânsito.
Selo Mobilidade Maio Amarelo - Selo Mobilidade Maio Amarelo
Por isso, o Maio Amarelo deveria ser todo mês. Para quem não sabe, o movimento nasceu no Brasil em 2014 - exatamente quando os índices de sinistralidade e fatalidade no trânsito estouraram.
Surgiu com a proposta de estimular uma ação coordenada entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil para discutir a segurança viária e reduzir os sinistros e mortes no trânsito.
Quem deu o start no movimento no Brasil foi o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que tenta, há oito anos, trazer o poder público, instituições e empresas privadas e a sociedade civil organizada para, efetivamente, discutir o problema da violência do trânsito e se engajar em ações que propaguem consciência e boas práticas.
Depois de uma queda a partir de 2015, em 2019 e 2020 os números voltaram a subir. Segundo dados do DataSus do Ministério da Saúde, foram 31.945 em 2019 e 32.716 em 2020 - Brenda Alcântara/ JC Imagem
NÚMEROS QUE ASSUSTAM
Os números do trânsito brasileiro assustam. Já assustavam e seguem assustando. Não foi à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, entre 2021 e 2030.
E, pela segunda vez consecutiva, com a ambiciosa meta de prevenir ao menos 50% das mortes e lesões no trânsito até 2030.
Mortes no trânsito - REPRODUÇÃO
Essas décadas têm como embasamento estudos da OMS que mostram a tragédia prevenível que são as mortes de pedestres, ciclistas, passageiros, motociclistas e motoristas.
Um de 2009, que fundamentou a Primeira Década de Segurança Viária, contabilizou 1,3 milhão de mortes por sinistros de trânsito em 178 países. E 50 milhões de pessoas que sobreviveram com sequelas.
Na época, seria o equivalente a três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo.
ILUSTRAÇÕES DE THIAGO LUCAS PARA REFLETIR
Ilustrações Maio Amarelo - REPRODUÇÃO
Ilustrações Maio Amarelo - THIAGO LUCAS
Ilustrações Maio Amarelo - THIAGO LUCAS
Ilustrações Maio Amarelo - THIAGO LUCAS
Ilustrações Maio Amarelo - REPRODUÇÃO
Ilustrações Maio Amarelo - THIAGO LUCAS
Os sinistros de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos.
Representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
No Brasil, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), numa parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) da ONU e divulgado em 2020, apontou que os sinistros de trânsito custam R$ 132 bilhões por ano à economia e à saúde brasileiras.
Mostrou, também, que o Brasil perdeu quase 500 mil vidas em onze anos - de 2007 a 2011. São, em média, 45 mil mortes por ano. E, como se não bastasse, ainda gastou, no mesmo período, R$ 1,5 trilhão com essas colisões e atropelamentos.
Em Pernambuco, onde os motociclistas promovem um estrago maior do que em todo o Nordeste, o custo anual com as vítimas é de R$ 6,1 bilhões.
Ainda de acordo com o estudo da OMS de 2009, se nada fosse feito, a estimativa era de que 1,9 milhão de pessoas morressem no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030.
IMAGENS PARA CHOCAR E PROVOCAR REFLEXÃO
Acidente aconteceu em novembro de 2017, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife - FELIPE RIBEIRO / ACERVO JC IMAGEM
Três veículos estiveram envolvidos na colisão - SIDNEY LUCENA/JC IMAGEM
Sinistro aconteceu em novembro de 2017, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife - FELIPE RIBEIRO / ACERVO JC IMAGEM
Colisão deixa seis feridos na BR-101 Sul, em Jaboatão dos Guararapes - DIVULGAÇÃO/PRF
E, nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviveriam aos sinistros a cada ano com traumatismos e ferimentos.
Ou seja, um trânsito que mata muito, mutila demais e ainda custa muito caro. Por isso o Maio Amarelo deveria ser todo mês.
Jornalista setorizada em mobilidade urbana há 18 anos. Com 26 anos de redação, cobriu por quase dez anos o setor de segurança pública, atuando também nas editorias de Política, Brasil e Internacional.
Localidade:RecifeTelefone:8199537000Cargo:repórter sênior e colunistaCursoCurso de Fiscalização do Dinheiro Público Ministrado pelo Knight Center, 2020
Curso de Desenvolvimento Urbano para Jornalistas Ministrado pela Abraji e Instituto Linconl – São Paulo, 2014
Curso de Webvídeos em dispositivos móveis Ministrado pelo Jornal do Commercio, 2015
Curso de Webjornalismo Ministrado pelo professor Fábio Guerra, da VídeoRepórte, Recife, 2013
Curso de WebJornalismo Ministrado pelo Grupo Garapa, São Paulo, em 2012