Promessa de Lula de botar dinheiro no Metrô do Recife cria expectativa de que sistema possa voltar a operar em melhores condições
União adota modelo desenhado pelo BNDES para passagem de gestão para iniciativa privada que não precisará investir recursos próprios para operação.
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Conversa articulada pessoalmente pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa com o Diretor de Planejamento e Relações Institucionais, Nelson Barbosa, a pedido do presidente Lula que desejava fazer um “deferência” à governadora Raquel Lyra chamada às pressas para uma reunião sobre o combate à violência contra as mulheres, a modelagem do processo de concessão do Metro do Recife é coisa para o próximo governo.
Mas o gesto dos ministros Rui Costa e Jader Filho (Cidades) dá um sinal importante quando sacam o estudo feito há anos pelo BNDES que afirma que o sistema que chegou a transportar 450 mil passageiros e hoje mal consegue 180 mil por dia para ficar ruim vai ter que melhorar muito.
Degradação
O nível de degradação chegou a tal ponto que independentemente do que o orçamento de 2026 reserva para o sistema, precisaria de R$ 150 milhões para se manter de pé. O valor de R$ 4 bilhões que a União se compromete a repassar a um operador privado é a forma como o BNDES vê esse tipo de concessão para a gestão.
É o mesmo modelo que ele entregou à prefeitura do Recife para a concessão dos parques onde o município paga ao vencedor da licitação um valor para ele gerenciar o equipamento, dando ao operador a licença de captar recursos. Foi assim no caso dos parques onde em seis anos o município vai repassar R$ 31,85 milhões. E vai ser assim no caso do projeto do Distrito Guararapes onde a prefeitura se compromete a bancar R$ 76 milhões nos primeiros seis anos e a partir do sétimo R$ 8,9 milhões .
Formato BNDES
Esse é o formato que o BNDES preconiza e o que deve ser aplicado no metrô do Recife. A União assume o compromisso de pagar R$ 4 bilhões ao longo de cinco anos ao futuro concessionário para que ele gerencie uma atualização de equipamentos e melhoria do sistema.
E ele poderá captar recursos de outros entes, inclusive do Governo de Pernambuco, que já faz isso com o setor de transporte por ônibus. Isso quer dizer que o sucessor do próximo governador de Pernambuco terá que colocar dinheiro no metrô para que ele possa se manter.
Cinco anos
Se o modelo funcionar com a União pagando regularmente as parcelas dos primeiros cinco anos, o Metrô sob gestão privada poderá pensar em novos trechos e quem sabe até mesmo ampliar a malha.
Mas apesar da alegria da governadora, dos discursos de deputados e de alguns ministros cuja atividades passam a quilômetros de uma linha eletrificada de trem a solução apresentada é um caminho para o futuro embora na verdade o que Consta, Jader Filho e Nelson Barbosa seja apresentar como ato de governo uma solução pensada há anos e que é a única disponível tendo em vista não passa pela cabeça de Lula colocar placa de venda no metrô.
Para o passageiro
Isso é bom. É porque ao menos temos um compromisso. Se Lula for reeleito, o governador(a) de Pernambuco que disputa a mesma eleição pode cobrar o compromisso. Mas é importante não achar que com o valor de R$ 4 bilhões o metrô do Recife volta a seus padrões históricos. Mesmo esse dinheiro é para atualizar o equipamento e suas instalações.
E o fato de os governos federal e de Pernambuco chegarem a um entendimento político-financeiro e o Metrô do Recife ser estadualizado para, em seguida, ter a operação repassada à iniciativa privada é importante porque para receber o metrô o governo de Pernambuco terá um contrato de transferência de recursos.
Audiência pública
Ao explicar o projeto, Rui Costa disse que o valor preciso será confirmado em audiência pública, mas que o governo federal abre a conversa a partir de R$ 4 bilhões para essa PPP. Segundo ele, a licitação será organizada e conduzida pelo BNDES ao longo de 2026 e a previsão é de que o leilão aconteça até o fim do ano ou início de 2027, portanto, depois da posse dos eleitos em 2026.
O desafio é sobreviver a 2025. Independentemente do que pensam os empregados do Metrô que defendem a tese de que se é para gastar R$4 bilhões e depois repassar a uma concessionária privada é mais barato pegar o dinheiro, gastar no sistema e deixá-lo estatal, o problema é ter verba para ir criando condições dele funcionar minimamente.
Canibalização
Hoje, dos 40 trens que estão no patrimônio do Metrô Recife (25 do primeiro lote e 15 do segundo contratado antes da Copa do Mundo), a administração mal consegue colocar 18 nos trilhos. A crise de manutenção levou à canibalização de uma parte dos trens de modo que o dinheiro prometido pelo governo federal fosse usado para comprar trens novos.
O problema é que o mercado de trens está aquecido e as empresas que fabricam trens estão com encomendas asseguradas até 2030. Ou seja, se a promessa dos R$4 bilhões fosse a primeira coisa que a CBTU deveria fazer, é comprar mais trens para serem entregues daqui a cinco anos. Tipo, garantir o lugar na linha de produção do fabricante.
Futuro governo
Mas isso é coisa para o futuro governo. Até dezembro de 2026 a questão é como gastar esses R$150 milhões para manter o sistema rodando. E pensando bem se é verdade que o governo de Pernambuco quer ter o metrô funcionando, talvez fosse interessante colocar dinheiro nele, podendo, entre outras coisas, atualizar as estações. Botando dinheiro na frente mesmo como prova de seu compromisso.
Mas essa já outra história
Locação de veículos supera R$ 60 bilhões,
A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) revelou que o faturamento bruto do setor de locação de veículos deve superar os R$ 60 bilhões, pela primeira vez neste ano, segundo números preliminares referentes à atividade em 2025. De acordo com as projeções da entidade, o crescimento do faturamento do setor alcançará em torno de 12%. Apesar disso, o crescimento dessa frota total das locadoras ficará em torno de 5,5%.
A Confederação Nacional do Comércio estima crescimento de 2,1% nas vendas no Natal em relação ao ano passado, com faturamento acima de R$ 78 bilhões. Se a projeção se confirmar, será o melhor desempenho desde 2014, quando o setor movimentou R$ 77,26 bilhões. Um levantamento da CNDL e do SPC Brasil mostra que 76% das pessoas pretendem comprar presentes. A expectativa é que 124,3 milhões de brasileiros vão às lojas, com média de quatro presentes por pessoa.
InInadimplência
Entretanto, o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa revela que o Brasil chega ao fim do ano com 80,6 milhões de pessoas inadimplentes, a maior marca histórica do país pelo 11º mês consecutivo, segundo levantamento mais recente da Serasa. Ao todo, o país soma 321 milhões de dívidas negativadas, que representam um volume aproximado de R$511 bilhões em débitos pelo valor de face.
Prejuízos do apagão
Saiu a primeira nota da Fecomércio sobre os prejuízos do apagão da semana: R$ 2,1 bilhões em faturamento perdido de quarta-feira (10) até domingo (14) por conta da falta de energia elétrica em São Paulo.
Quase uma semana depois de uma forte ventania que atingiu a cidade, há um número considerável de imóveis sem fornecimento ainda. Nos setores de Serviços a contra chegou a R$ 1,4 bilhão em receitas que deixaram de ser geradas nesse período.
BNB e resíduos sólidos
O Banco do Nordeste lançou, nesta segunda-feira (15), edital no valor de R$ 30 milhões para fortalecer a gestão integrada de resíduos sólidos por meio do apoio, com recursos não reembolsáveis, a projetos que estimulem coleta seletiva, inclusão socioprodutiva de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, educação ambiental e soluções tecnológicas inovadoras. Os projetos podem captar entre R$ 1 milhão e R$ 2,5 milhões.
Um milhão no Compaz
a Rede Compaz, custa R$52 milhões por ano e até agora o modelo não foi replicado por muitas cidades exatamente pelo que exige de recursos da Prefeitura. Mas está consolidada uma política pública orientada por dados, planejamento e impacto social. A rede de seis unidades dos Centros Comunitários da Paz, implantadas em comunidades periféricas da cidade, registrou cerca de 1 milhão de atendimentos, o que ampliou o acesso da população a atividades culturais, esportivas, formativas e de cidadania nos territórios mais vulneráveis da cidade.
Beleza p]Premium
O RioMar Recife recebeu a nova unidade da marca brasileira de beleza premium Detoni, a primeira boutique na capital pernambucana. A marca reúne mais de 70 SKUs em um portfólio que combina matérias-primas internacionais e estética sofisticada. SKU (Stock Keeping Unit) é um código alfanumérico único criado por varejistas para identificar e controlar variações específicas de produtos em seu estoque.
Brisanet
A cearense Brisanet alcançou a marca de 813 mil chips ativos durante o ano. A cobertura móvel da empresa está presente em 298 municípios, cobrindo uma população estimada em cerca de 14,6 milhões de pessoas.
Grandão do Queijo
Referência em queijos, frios e produtos regionais de qualidade, o Grandão do Queijo segue em expansão e inaugura uma nova loja no Shopping Tacaruna um ano depois de chegar ao RioMar Shopping. A marca, que nasceu no tradicional Mercado de Casa Amarela e agora leva seu mix variado aos shoppings mais movimentados da cidade.
CPRH 49
A Agência CPRH comemorou nesta terça-feira (16) os seus 49 anos de existência com a realização de 545 operações de fiscalização, a emissão de 12 mil licenças ambientais e a soltura de 2.520 animais silvestres no habitat natural.
Adagro 22
Também nesta terça-feira, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) celebrou seus 22 anos de criação como órgão público estadual, instituído pela Lei nº 12.506, de 2003, e elevada à condição de autarquia especial em 2016, com autonomia administrativa e financeira, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Agrário.