Com legislação trabalhista consolidada de custos do emprego, produtividade vira único caminho da empresa melhorar sua competitividade
Sem perspectivas de mudanças na legislação sobra ao empresário investir na melhoria da produtividade que justificou o custo do empregado

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No país que a pejotização virou embate de ministros de STF como o Tribunal Superior Trabalho, a questão do custo do emprego virou um tema central para as empresas que precisam definir as carreira de seus funcionários sabendo que para cada R$ 1 que pagam de salário mais R$ 1,02 terão se ser incorporados no custo final da companhia como encargos decorrente da formalização do emprego.
É uma despesa que vai muito além do que o empregado paga ao INSS e o Imposto de Renda. Assim como FGTS, férias, 13º salário e contribuições patronais e o Sistema S. Tem a ver com os programas de apoio à alimentação, transporte e despesas na hora da rescisão contratual que a empresa tem que incorporar nos seus custos fixos.
Boas instalações
Também tem a ver com todas as despesas da empresa para começar a produzir que incluem além de instalações, equipamentos e compra de serviços como água, energia e serviços de comunicação e, especialmente, máquinas que possam fazer a empresa produzir mais gastando menos.
Tema da coluna JC Negócios nas edições sexta-feira (5) e domingo (7) o custo emprego foi assunto de entrevista, ao Passando a Limpo da Rádio Jornal, do professor e economista, Edgar Leonardo para quem o único caminho para as empresas performarem melhor é investir na produtividade.
Produtividade
Quando a gente fala de ganho de produtividade estamos falando, por exemplo, de infraestrutura física, infraestrutura de logística, transporte, energia, conexão digital com a internet, porque tudo isso ajuda a empresa a operar melhor. Mas é preciso apostar na educação. Especialmente com qualificação profissional.
Para ele, o trabalhador que chega ao RH das empresas precisa ser mais bem qualificado e essa não preparação não é culpa do trabalhador. A educação brasileira vem em crise há duas décadas e hoje temos que trabalhar como famoso analfabeto institucional.
Sem reduzir direitos
Edgar Leonardo diz que é muito difícil se falar em redução de direitos e mudar a legislação é complexo. Não acho possível esse debate Mas a gente pode começar a focar em melhoria de ambientes negócios. Inovação e tecnologia. E é claro melhorar a formação, educação básica e qualificação profissional até porque hoje é o empresário que está pagando uma conta pesada dentro de sua fábrica. É uma conta pesada.
Para Leonardo existe hoje uma série de benefícios e impostos sobre a folha de pagamentos, a tributação sobre empresas sem levar em conta os empregos que ela gera que pode ser extremamente relevante.
Brasil na rabeira
A questão da produtividade é uma questão central no custo do emprego. Dados do World Trend Plus' Global Economic Monitor de 2024 revelam que a Produtividade do Trabalho do Brasil foi crescimento de 0,53% em que representa de uma queda sobre 2023 que foi de 1,85%. Esses mesmo dados atualizados anualmente entre 1992 e 2024 revelam uma média de 0,82%, com dados de alta de 6,79% em 2010 e baixa de -4,07% em 2022.
Esse é um quadro estrutural segundo o Ranking Competitividade Brasil (2023-2024), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), compara o país a economias que competem no mercado internacional em produtos industriais semelhantes, O Brasil ficou em último lugar no ranking de competitividade industrial. O resultado leva em consideração a performance de 18 países em oito fatores diretamente relacionados ao desempenho da indústria no âmbito internacional.
Desenvolvimento
Os três fatores que mais comprometeram o resultado do Brasil foram ambiente econômico; desenvolvimento humano e trabalho; e educação, indicadores em que o país ocupa o último lugar. Em nenhum dos macroindicadores o Brasil aparece na primeira metade do ranking. No fator desenvolvimento humano e trabalho, o Brasil também se encontra em último lugar, num fator liderado também pela Coreia do Sul.
Não é um desafio simples. Um estudo dos professores José Luís Oreiro da (UFRJ) e Adalmir Marquetti (UFRGS) mostra que o Brasil é uma economia dual, com parte importante da força de trabalho exercendo atividades de baixa produtividade no setor informal. Em janeiro de 2025, havia 19,2 milhões de pessoas ocupadas por conta própria sem registro no CNPJ, com rendimento médio 30% inferior ao rendimento médio de um trabalhador com carteira assinada no setor privado (Pnad-Contínua).
Emprego ruim
Políticas de estímulo à criação de empregos de baixa produtividade, impulsionadas pelo aumento do consumo das famílias por meio de transferências governamentais, como Bolsa Família ou o BPC ajudam, mas não resolvem.
Entretanto, por maior que seja a elasticidade da oferta de trabalho devido à presença de desemprego disfarçado, é evidente que um modelo de crescimento baseado na intensificação do uso da força de trabalho não é sustentável nem desejável.
Estado do arte
A questão da produtividade tem a ver com o que o trabalhador encontra no sítio onde exerce sua função. O caso da Stellantis que em agosto atingiu a marca de dois milhões de veículos produzidos na fábrica de Goiana (PE) desde a sua inauguração, em 2015. Sua produtividade está entre as maiores do grupo no mundo graças à plataforma industrial e o nível de escolaridade média de seus operários.
Outro exemplo é a multinacional brasileira WEG que conquista o 1º lugar no setor eletroeletrônico e integra o top 10 geral do Prêmio Valor Inovação Brasil 2025 em parceria com a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). Stellantis e WEG são exemplos clássicos de que o conjunto de máquinas nas mais dos empregados faz a diferença na entrega.
Referência
Mas são exemplos de referência a indústria nacional sequer pode comprar máquinas que precisa para reduzirem custos mesmo com o governo tendo linhas para a chamada formação bruta de capital. Porque não tem capital para comprá-las.
Até porque quando o empresário compra. Um caso emblemático disso é o setor do agronegócio. O uso de máquinas, tecnologia de ponta e melhoria de processos fez a produtividade no campo subir exponencialmente pelas culturas de exportação.
Exemplo do campo
Produtividade no campo tem a ver com melhor genética, melhor semente, melhor equipamento e melhor trabalhador capaz de operar máquinas de R$2 milhões. No Brasil do agro, as projeções do agronegócio entre 2022/23 a 2032/33 indicam um crescimento na produção de 24,1% numa área 19,1% maior quando o país deve colher quase 380 (379 92.329) milhões de toneladas.
Mas a verdade é uma só. Na indústria, no agro ou nos serviços o Brasil precisa aumentar de modo significativo sua taxa de investimento para obter o aumento sustentado e cumulativo da produtividade do trabalho.
Sem expectativas de aberturfa de negociação
O embaixador Roberto Azevêdo, contratado pêra assessorar a CNI na audiência pública relacionada ao processo aberto pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, que permite investigar se políticas ou práticas de outros países são injustas, discriminatórias ou restritivas ao comércio norte-americano não tem expectativas de uma abertura de negociação entre o Brasil e os Estados Unidos.
Na sua avaliação as conversas devem continuar por parte dos empresários, mas sem perspectivas de progresso no curto e médio prazo. Roberto Azevêdo reconheceu que a questão está integralmente centrada na abordagem política do governo americano em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele manifestou especial preocupação com a reação do governo Trump em relação ao resultado do julgamento do ex-presidente.
Parques do RN
Os equipamentos de grande porte que irão integrar os novos parques eólicos Pedra de Amolar e Paraíso Farol, localizados em Touros (RN) começaram a ser transportados do porto de Suape (PE) que receberá componentes diretamente da China. Serão transportadas pás, torres, s, hubs e drivetrains, componentes essenciais para a geração de energia eólica. Um dos maiores equipamentos trata-se da pá eólica, que mede 92 metros de comprimento.
Os 17 aerogeradores produzidos pela Goldwind em Camaçari (BA). Somados caminhão e carreta, o conjunto ultrapassa 100 metros de extensão – quase o tamanho de um campo de futebol. Apenas para transportar todas as pás que irão compor os aerogeradores, são necessárias 51 carretas.
Queima de cana
A CPRH emitiu alerta para a necessidade de solicitar a Autorização da Queima Controlada, procedimento que regula a queima da palha da cana-de-açúcar, para garantir a segurança e as condições ambientais apropriadas. Todo processo para a solicitação é feito de forma on-line pelo site da Agência (www2.cprh.pe.gov.br/). Mas é obrigatório.
Jubileu de Diamante
Nesta terça (9) no Teatro RioMar, por ocasião das comemorações dos 60 anos da regulamentação da profissão de Administrador no Brasil, o presidente do Conselho Regional de Administração de Pernambuco (CRA-PE) Mychel Paes Barreto. A noite também será marcada pela apresentação da Orquestra Criança Cidadã e pela campanha solidária “60 anos transformando vidas”, que vai arrecadar alimentos para serem doados a instituições carentes.
Visto eletrônico
O Ministério das Relações Exteriores em conjunto com o Serpro desenvolveu sistema de visto eletrônico para entrada no Brasil de participantes estrangeiros da 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Estrangeiros de países dos quais o Brasil exige visto poderão fazer todo o processo online, sem precisar ir a consulados ou embaixadas. Os participantes inscritos e confirmados no evento, oriundos de países dos quais se exige deverão preencher um formulário simplificado. Após a emissão, o visto eletrônico poderá ser impresso ou apresentado na tela do celular na chegada ao Brasil.
Torresmo Fest
O Shopping Guararapes vai receber o Torresmofest, maior festival gastronômico do Brasil, que chega pela primeira vez a Jaboatão dos Guararapes, entre os dias 11 e 14 com entrada gratuita. O público poderá degustar pratos icônicos de torresmo (pururuca, rolo e de boteco), além de opções como costela fogo de chão, hambúrgueres especiais, batatas recheadas e sobremesas artesanais. Para acompanhar, chopp artesanal e drinks variados. O evento já percorreu diferentes estados com mais de 550 edições realizadas e 15 milhões de visitantes.
Aulão de frevo
Neste domingo (14), das 14h às 20h, Sítio Trindade será palco de mais uma edição da Brasilidades Feira Criativa, A programação celebra o Dia Nacional do Frevo com um grande aulão gratuito comandado pelo Grupo Cultural Frevo Kids de Olinda, além de atividades que prometem encantar toda a família.
Amcham Sessions,
Nesta quarta-feira (10) no Cinemark Prime do RioMar tem o Amcham Sessions. O evento da Amcham reunirá executivos para discutir inteligência artificial, inovação aberta e conectividade. Entre os palestrantes estão Rodrigo Assad (Claro) e Hamilton Mattos (Market Share).
Propaganda
Também nesta quarta-feira (10) o Sinapro-PE e Abap-PE promovem o Fórum da Propaganda de Pernambuco, às 9h, no Hotel Transamérica Prestige Recife. Liderado por Lelê Carvalho, presidente do Sinapro-PE, o encontro reunirá os sócios de agências associadas para debater pautas estratégicas e traçar novas ações conjuntas para fortalecer o mercado publicitário.
Ary Pinto na Kroma
A Kroma comunica a contratação de Ary Pinto Ribeiro Filho para a Diretoria de Comercialização do Grupo Kroma Energia. Executivo com 40 anos de experiência no setor elétrico, Ex-diretor da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ele também passou pela Liasa, Celpe, Celtins e Chesf, além de ter experiência acadêmica internacional.
Pegou mal
A saída do engenheiro Rivaldo Melo, do comando do DER-PE não foi bem recebida no setor rodoviário. Melo que assumiu em 2023 foi responsável pela reorganização da autarquia e pela entrega de maior visibilidade da governadora no setor. Passou a ideia de acomodação política na hora das entregas. O DER-PE (ao contrário do DER-PB que uma referência regional pelo que entrega) sofre com a constante mudança de comando por uso políticos, não raro em meses) e no governo Paulo Câmara fez história quando aposentou seu último engenheiro do quadro passando a operar integralmente por comissionados e servidores cedidos de outras pastas.