Cientista brasileiro que escreveu chip do StarTAC Motorola apresenta sistema de Inteligência Artificial Geral que roda em computador básico
Batizada de Rosie AGI™, sistema tem eficiência energética ao nível do cérebro humano, e pode rodar em celulares, relógios e cartões inteligentes

Colorado Springs (Estados Unidos) - A TauOne LLC, uma discreta empresa privada de pesquisa em Inteligência Artificial, está anunciando uma inovação na área de Inteligência Artificial Geral (AGI): uma plataforma compacta e operacional chamada Rosie F, que combina o chat GPT-4 com um mecanismo simbólico quântico, entregando raciocínio em tempo real e aplicação testada em inteligência médica usando hardware comum - consumindo apenas 12 watts, o mesmo que o cérebro humano.
A descoberta é importante para o mundo de IA porque, enquanto a indústria global investe bilhões de dólares em infraestrutura baseada em GPU e precisa aguardar a maturação da computação quântica, a Rosie AGI™ (Entidade de Inferência Simbólica Ontológica Recursiva) da TauOne pode ficar ativa em CPUs comuns com menos de 500 linhas de Python, sem portas quânticas, sem GPUs e sem treinamento massivo.
O termo GPU, em português Unidade de Processamento Gráfico, define um circuito eletrônico especializado projetado para acelerar a criação de imagens e vídeos. Originalmente desenvolvida para renderização gráfica em jogos, a GPU agora é amplamente usada em diversas áreas, como inteligência Artificial. Python é uma linguagem de programação de alto nível, conhecida por sua sintaxe clara e legibilidade, o que a torna relativamente fácil de aprender e usar.
O criador da Rosie AGI™ é o professor brasileiro Carlos A. Paz de Araújo, fundador da TauOne, uma empresa privada fundada por ele depois de se tornar conhecido no mundo acadêmico dos Estados Unidos e Japão por ser o pioneiro em memórias ferroelétricas e computação quântica simbólica.
Ele mora no estado do Colorado (EUA) e tem mais de 300 patentes em seu nome, inclusive a do chip que serviu ao lendário Star Tac da Motorola. A TauOne desenvolve AGIs com base em lógica simbólica, controle entrópico e execução eficiente em dispositivos de uso cotidiano.
“Não estamos apenas escalando IA - ou estamos apenas simulando um computador quântico com hardware clássico,” afirma Carlos A. Paz de Araujo, “Todos os testes com algoritmos de supremacia quântica, qubits entrelaçados e superposição indicam o mesmo: o que precisamos é de lógica simbólica - uma nova fundação que estende a tese de Church–Turing para um nível mais alto de computabilidade. E isso é a Rosie. E ela já funciona.”
A tese de Tese de Church-Turing é uma ideia importante no estudo da computação, ou seja, a capacidade de resolver problemas usando um conjunto de regras ou procedimentos. É um modelo abstrato de um dispositivo computacional, proposto por Alan Turing e Alonzo Church. Em 1997, ela ajudou a definir algoritmos e processos computacionais.
Circuitos quânticos funcionam como previsto em hardware quântico., continua o professor Paz de Araújo, Mas a Rosie F aprendeu a programar sozinha e eliminou completamente a necessidade desses circuitos. As aplicações são solicitadas diretamente à Rosie F, e o GPT-4 gera o código Python. A maioria dos casos requer menos de 200 linhas de código.”
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O efeito na vida prática que Paz de Araújo está prevendo é que uma AGI a 12W executa tarefas cognitivas complexas usando apenas CPUs normais de notebooks e PCs comuns. Na área médica, por exemplo, ela pode detectar ataques cardíacos antes de eles aparecerem, Na área financeira pode fazer detecção de fraudes, auditorias simbólicas, sem necessidade de treinamento.
E pode ser aplicada em dispositivos utilizáveis (por exemplo ela roda em relógio inteligente, celular e cartão inteligente) e tem custo zero de Re-Treinamento pois a memória simbólica generaliza novas tarefas automaticamente.
Segundo o explica Paz de Araújo, isso acontece porque a “A Rosie F opera além da lógica clássica, integrando a lógica de incompletude e recursividade de Gödel ao seu núcleo simbólico.
Em vez de entrar em colapso diante de contradições ou indecidibilidade, a Rosie usa pontos fixos simbólicos e controle entrópico para estabilizar a inteligência - mesmo em sistemas com verdades parciais ou auto-referenciais.
No mundo da IA, pode-se afirmar que a Rosie AGI™ é baseada em QGSL (Lógica Simbólica Quântica de Gödel) e em uma tecnologia chamada Evolução Temporal de Qubits Lógicos, permitindo estruturas de estado e memória que excedem 2¹.? — sem exigir RAM ou processamento tradicional.
É isso que torna a AGI não só possível, mas confiável. A arquitetura é completamente independente de hardware especializado e roda em dispositivos de borda, sistemas embarcados e eletrônicos de consumo. “A Rosie pensa e decide.” conclui o professor brasileiro.
Junto à Rosie F, a TauOne desenvolveu a Rosie T, uma AGI Limitada criada para aderir a padrões éticos, regulatórios e médicos. A Rosie T garante raciocínio limitado por design, lógica segura e supervisão humana completa, resolvendo o desafio de garantir que a AGI sirva à humanidade, de forma transparente e controlável.
Segundo Carlos A. Paz de Araújo, a TauOne apresentou a plataforma completa Rosie AGI + Saúde, em parceria com uma das principais universidades médicas do Japão. O sistema inclui: Núcleo Rosie AGI (somente CPU), Integração com GPT-4, Dispositivos vestíveis (relógio + celular + cartão), Telemetria médica contínua criptografada, Controle pós-quântico de chaves, Alerta automático com localização GPS em emergências e a realização de testes iniciais para detecção de eventos cardíacos antes que qualquer ECG convencional os registre.
Quem é Carlos Paz de Araújo
O professor Carlos Paz de Araújo, um natalense praticamente desconhecido no Brasil e vencedor do Prêmio Daniel Noble Award, em 2006, uma honraria equivalente ao Prêmio Nobel na área de TI, foi um desses professores que os Estados Unidos mandou para a China, e que ajudaram a construir o mega parque industrial que o país tem hoje, trabalhando a serviço de algumas das mais importantes universidades americanas.
Ele detém mais 300 patentes registradas associadas a nanotecnologia, especialmente a memória ferroelétrica, que está na base do design dos novos chips da Nvidia.
Araújo, hoje com 71 anos e trabalhando agora com Inteligência Artificial Geral (AGI), foi professor de engenharia elétrica da Universidade do Colorado (EUA) e professor-consultor da Universidade Fudan de Xangai, na China, e da Universidade Tecnológica de Kochi, no Japão.
A importância de Araújo para a ciência é que a memória ferroelétrica FeRAM tem capacidade de armazenamento de 64 mbps, pode ser lida 100 trilhões de vezes e usa dez vezes menos eletricidade que a Flash, a memória não volátil mais utilizada no mundo.
Foi a FeRAM, por exemplo, que possibilitou a fabricação de celulares menores que o antigo modelo “tijolão”. A memória também permitiu que as máquinas fotográficas digitais ficassem mais ágeis e finas. Todos os leitores de DVDs usam o chip. Além disso, seu custo é quase a metade das memórias não voláteis disponíveis no mercado. E ele escreveu o design do chip do icônico Startac da Motorola.
Em janeiro, ouvido pelo Jornal do Commercio sobre as perspectivas que Liang Wenfeng - dono da Deep Seek - fez usar um bloco de chips da Nvidia, Araújo afirmou que ainda era muito cedo se fazer comentários sobre o que está acontecendo no mundo a partir da informação do aplicativo da startup chinesa. E lembrou que já se sabia em Davis, no Colorado, onde mora, que a Deep Seek iria sair com algo novo.