Economia fechada e mercado interno grande, quem diria, pode nos salvará do caos com a taxação do governo Trump

No meio do medo geral do Brasil com as medidas da taxação das exportações brasileiras, um relatório da agência de classificação Moody's avisa que as determinações do governo americano vão ser ruins, mas por uma dessas ironias de nossa balança comercial será exatamente a baixa capacidade de exportação do Brasil que nos fará sofrer menos com a nova ordem do comércio internacional que o presidente americano deseja impor.

Grosso modo o que Moody 's está dizendo é: brasileiros relaxem. Não vai ser o fim do mundo se Trump aplicar mesmo as taxas. Porque vocês com o nível de exportação não estão no centro das atenções dele.

Toda taxa é ruim

Calma, não se pense que ter que pagar 10% de taxa de importação em produtos como aço, etanol e madeira não seja uma péssima notícia. E o governo acerta quando anuncia retaliação.

Além disso, os Estados Unidos são importantes para as exportações da indústria brasileira — além de semiacabados de aço, um destaque são os aviões da Embraer. Das vendas de manufaturados do Brasil no exterior, 22% vão para o mercado americano. Mas espera um pouco.

Menos etanol

Para quem não sabe, as exportações de etanol para os Estados Unidos representaram 17% do total exportado pelo Brasil ano passado, chegando a US$181 milhões. Mas já superaram 71,6% em 2017, chegando a US$4,26,7 milhões. Agora imagina se fosse sobre as exportações de 2012 quando o Brasil vendeu US 4 1,5 bilhão de etanol?

O quadro mais sério talvez seja o relacionado a madeira. A madeira brasileira é conhecida por sua qualidade, graças às suas vastas florestas e práticas sustentáveis de manejo. É uma atuação recente no primeiro semestre de 2024, por exemplo. Seus valores atingiram mais de US$560 milhões, um resultado bastante expressivo.

Casa de madeira

Os exportadores brasileiros estão mirando o mercado chamado de Wood Frame uma técnica predominante no país, graças a sua eficiência, com o intuito de reduzir o tempo de construção. É aquele adotado nas casas americanas, em sua maioria, construídas por meio de placas de madeira pré-moldadas. Uma taxação teria muito mais impacto.

O documento da agência de classificação faz vergonha a gente mesmo. Estamos na 13º lugar entre as 20 nações que mais exportam para os americanos. Somando tudo a gente vende para eles sõ dá 1,7% do nosso PIB.

Como a Índia

É o mesmo percentual da Índia. O que não quer dizer que se deva desconsiderar qualquer nova taxa, pois a corrente de comércio é de US$80 bilhões. Se Trump manda pagar 10% geral, estaremos perdendo US$4 bilhões nas exportações.

Mas talvez o dado mais interessante do relatório é quando ele diz que entre os países do BRICS original Brasil e Índia estão muito distantes da China. Acredite. A Rússia ainda consegue vender 1% de seu PIB aos americanos porque o empresário brasileiro exporta pouco porque tem um mercado interno. Como a Índia.

Quem mais sofre

Ou seja, numa situação como essa o reflexo é grande, mas não chega perto do México (27,35) , Vietnã (22,4%) , Tailândia (9,4%) e Malásia (8,9%). É bem menor que países na América Latina com o Chile (4,3%) Colômbia (3,8%) e Peru (3,4%).

Claro que o Brasil está assustado. Mas como diz a diretora de Pesquisa Macroeconômica da Moodys, Madhavi Bokil numa hora dessas “por ser uma economia grande e principalmente impulsionada pelo mercado interno é uma vantagem quando os fluxos de comércio global estão em risco”.

Exportar pouco

Pode ser. Mas não doremos a pilula. Se a gente não exporta para os Estados Unidos também não exporta para ninguém. E mesmo que sejamos campeões de vendas de proteína vegetal e animal além de minérios, o Brasil poderia ser um exportador de outros poucos itens.

E porque isso acontece. Porque a cultura do Brasil é de atender ao mercado interno e conseguir isso com algum tipo de benefício. A bem da verdade o comportamento da indústria salvo as exceções sempre briga por uma proteção que acaba ajudando a empresa crescer e se manter apenas com as vendas internas.

A gente sempre cita os casos de empresas brasileiras tão boas que conseguiram ser destaque no mercado externo por crescer de forma. Mas sempre como um exemplo diferenciado.

Dependência

É completamente diferente do comportamento do pessoal das carnes, da soja, milho e algodão que cresceram mirando faturar em dólar. No fundo, a verdade é que o mercado Brasil é muito bom e aí a exportação não é o padrão. O padrão é vender para os brasileiros.

No caso dos efeitos da política Trump a gente pode até perder menos que outros países. Mas o ideal seria vender mais não só para os Estados Unidos, mas para o resto do mundo. E sair do mercado da China onde nossas vendas são perigosamente concentradas. Até porque a longo prazo Xi Jinping tem muito mais método que Donald Trump.

 

Jogar para ter maiores emoções

Um estudo da Fulltrader Sports, empresa especializada no desenvolvimento de softwares para o mercado esportivo revela que o comportamento dos apostadores brasileiros sofreu alterações significativas nos últimos doze meses, período em que eles começaram as apostas em sites autorizados pelo governo brasileiro.

A análise foi conduzida por Ricardo Santos, cientista de dados e fundador da empresa, revela um cenário em que os apostadores priorizam modalidades alternativas, decisões baseadas em dados estatísticos e jogos mais dinâmicos.

“Ao longo de 2024, identificamos uma migração consistente do interesse por grandes ligas tradicionais para opções mais rápidas, imersivas e acessíveis, como os eSports e os jogos de cassino ao vivo”, afirma Santos. Entre janeiro e dezembro do ano passado, as apostas em jogos como Counter-Strike e League of Legends cresceram 34%. Os jogos de cassino com dealers ao vivo tiveram alta de 27%.

Chama atenção é a ascensão das chamadas micro bets – apostas em eventos de curtíssima duração, como escanteios, laterais e faltas dentro de uma partida. Esse modelo cresceu 41% em 2024, sinalizando a preferência do usuário por resultados quase instantâneos. O que, segundo Santos é um reflexo da cultura da recompensa rápida. “Os apostadores querem emoções freqüentes”, diz.

Educação rural

No meio da audiência com o secretario de Educação, Gilson Monteiro Filho, alguém tratou de assuntos objetivos saindo da linha do próprio presidente da comissão, Waldemar Borges que se esforçou em marcar uma posição contra o governo nas redes sociais.

O deputado estadual Doriel Barros (PT) apresentou a indicação de criação de novos cursos técnicos voltados para a área rural nas Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), especialmente nas unidades do interior do estado.
Atualmente, das 56 ETEs em Pernambuco, apenas cinco oferecem cursos voltados ao meio rural e a proposição de Barros tenta evitar o êxodo rural, fenômeno que afeta diretamente a continuidade das práticas produtivas tradicionais e a economia local. Boa proposta.

Suape no Infra NE

O diretor-presidente do Porto de Suape, Marcio Guiot, participa, nesta quinta-feira (3), da quarta edição do Infra Nordeste GRI 2025, considerado um dos principais encontro de líderes do setor para debater os rumos da infraestrutura na região.

Na ocasião, o gestor da estatal participará do painel “Avanço Logístico – Novos impulsos para os polos econômicos do Nordeste”, às 10h45. O evento, que acontecerá no Hotel Luzeiros (Pina), conta com extensa programação, sendo restrito aos convidados. A estatal portuária é uma das patrocinadoras do encontro.

 

Rooftop 360 graus

A Scopo Empreendimentos está lançando o seu mais novo projeto imobiliário, o Shopping View Rooftop. Com opções de apartamentos, studios e de dois quartos, localizado na Rua Jorge Couceiro da Costa Eiras, próximo do Shopping Recife. Seu principal diferencial será um rooftop de dois andares com vista panorâmica de 360 graus concentrando itens de lazer. O empreendimento tem financiamento pelo modelo associativo da Caixa Econômica Federal.

Flytour Recife

Liderada pelos empresários André Lima e Denis Abreu, a Flytour empresa líder em viagens corporativas do Brasil inaugurou mais uma unidade em Recife. Os empresários operam franquias para Salvador (BA), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). O objetivo é consolidar a empresa como referência no setor de turismo e viagens corporativas, focados nos grandes centros e na qualidade do atendimento como principal diferencial.

Mulher no trator

Um projeto patrocinado pela FIERGS-RS em parceria com a MGM Rental, FBS, John Deere e MD Engenharia e a SLC Equipamentos, que proporcionou o maquinário para treinamento e a Coesul, que cedeu o espaço para as aulas práticas viabilizou o “Mulheres Operadoras de Máquinas Pesadas” projeto de 27 mulheres para operação de máquinas pesadas para construção.

 

 

Bora Pra Espanha

No dia 12 de abril, no Auditório Capiba tem o workshop "Bora Pra Espanha" apresentado pela fundadora da Espanha Fácil Renata Barbalho, referência em imigração para o país europeu, com objetivo oferecer um método prático e validado para quem deseja morar, estudar, trabalhar ou empreender na Espanha.

A proposta é que cada participante saia com um planejamento personalizado, baseado no método BORA PRA ESPANHA 9Ps, desenvolvido por Renata Barbalho que vai de informes sobre a legislação, tipos de visto, moradia, oportunidades de trabalho e negócios, educação, saúde, integração cultural e temas fiscais.

Salve a Harpia

Um projeto que mobiliza pesquisadores do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) da Itaipu Binacional no Brasil e centros de reprodução de águias na Espanha obteve sucesso na reprodução assistida de filhotes de harpia uma espécie ameaçada na América do Sul e América Central, tendo sido extinta em alguns locais, principalmente pela perda de habitada.

Esta semana nasceu o 57º filhote da espécie em cativeiro. A harpia não vive sem ser na floresta e tem uma média de dois filhotes a cada cinco anos, o que dificulta o repovoamento da espécie.

Reserva de petróleo

Saiu o Boletim Geral de Recursos e Reservas de Petróleo e Gás Natural de 2024. O Brasil tinha em 31 de dezembro 29.176 bilhões de barris declarados como reservas provadas, reservas provadas + prováveis. As reservas totais de petróleo atuais demonstram que há projetos comerciais para exploração adicional de 113,47% dos volumes já produzidos no Brasil até o final do ano. Em 2024, foram produzidos 1.242 milhões de barris de petróleo/dia.

Já para o gás foram declarados 704.694 milhões de metros cúbicos (MMm³) de reservas provadas + prováveis + possíveis (3P). Em 2024, foram produzidos 54,68 bilhões de metros cúbicos de gás natural/dia. Entretanto, quando se desconta o gás injetado, o valor é de 25,63 bilhões de metros cúbicos.