
Quem se deu ao trabalho de ler Plano Estratégico 2023-27 da Petrobras que trata da execução dos projetos de exploração previstos no Brasil e no exterior vai ver a companhia aposta muito alto na possibilidade de vir a explorar o que chamou de Margem Equatorial brasileira que se conecta com os campos da Bacia Potiguar no litoral do Rio Grande do Norte onde assim como no Amapá a taxa de sucesso é muito alta.
Daí porque a surpresa da estatal com indeferimento do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 em Amapá Águas Profundas para furar um poço exploratório. Pelo que isso pode representar para o negócio da empresa e pelo que pode perder ser o governo Lula barra a pesquisa.
É uma situação bem curiosa. O local do poço foi escolhido porque depois do limites das águas territoriais brasileiras a exploração já existe. Na verdade o poço é uma formalidade legal para confirmar que tem petróleo e começar a ver como explorar. Algo muito parecido quando começou a se falar do pré-sal no finalzinho do governo Lula 2 quando Dilma Rousseff já sabia que tinha um deposito de enorme potencial como acabou se confirmando.
A resistência dos ambientalistas é no sentido de travar a exploração no Brasil porque todos eles sabem que o óleo da Margem Equatorial está lá. Não tem muito de furara para ver se tem. Tem. O que se discute é se a Petrobras vai explorá-lo e quando. É por isso que se fala em prazo de no máximo seis anos para colocar ali uma das suas FPSO (Floating Production Storage and Offloading - unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo).
O problema é que se o governo Lula travar mesmo o poço exploratório todo o projeto de transição vai se resumir a Bacia Potiguar onde, aliás, a Petrobras começou a furar poço há 30 anos e onde ainda hoje explora petróleo em águas rasas. Sem o bloco FZA-M-59 no Amapá, o que sobra é o novo campo que a empresa também está pesquisando.
A Bacia Potiguar localizada em águas profundas só começou a ganhar importância depois que a Petrobras iniciou venda de sua participação nela porque apostava mais no Amapá. Os blocos exploratórios foram adquiridos 100% pela Petrobras na 7ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2006 e na 15ª Rodada de Licitações da ANP em 2018 onde a Petrobras também tem 100% de participação. E chegou a vender parte para Sonangol Hidrocarbonetos Brasil Ltda. (Sonangol).
No governo Lula a empresa já avisou que não vai mais fazer desinvestimentos. Portanto, se não puder explorar petróleo no Amapá, a Petrobras via ter que concentrar suas atividades no Rio Grande do Norte. O que enche de esperanças a governadora Fátima Bezerra que entrou na política quando o seu estado era o maior produtor de petróleo em terra do Brasil e que diante dos números do pré-sal acabou ficando tão pequeno que foi repassado para empresas de pequeno porte. No fundo, ela sonha com um pré-sal 2 no seu litoral.
Vidro na revenda
A gigante Owens Illinois, líder mundial na fabricação de embalagens de vidro e que opera duas fábricas no Recife (PE) junto com a Heineken e o Grupo Seiva iniciaram uma parceria que prevê a instalação de máquinas trituradoras de vidro em estabelecimentos de revenda. A meta é coletar 115 mil toneladas de vidro, reduzir 61.118 toneladas de CO² lançadas na atmosfera em 5 anos e gerar economia de gastos públicos na ordem de 57 milhões.
B3 de veículos
Em abril, Pernambuco registrou crescimento de 22,5% no financiamento de motos comparado a 2021 com 5.041 unidades de motos ao longo do mês. Entre janeiro e abril de 2023 o estado de Pernambuco registrou 19.906 financiamentos de motos de acordo com a B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos.
Preço da Carne
O presidente do Grupo Masterboi, Nelson Bezerra prevê uma queda nos preços da carne de boi em 2023 provocado por dois fatores decisivos: a oferta de vacas para o abate e a disponibilidade de bezerros agora adultos. Esses animais não estavam disponíveis em 2021 e 2022 e agora estão chegando ao mercado pelo ciclo natural da atividade no campo. Em marco de 2024, o preço da arrouba chegou a R$ 345 em março, mas este mês baixou para R$ 270 e deve baixar ainda mais.
Recall de Marcas
Na próxima quinta-feira, 25, o Jornal do Commercio apresenta o especial do Recall de Marcas 2023, com uma pesquisa quantitativa que avalia a lembrança e a preferência dos consumidores em relação às marcas que atuam em Pernambuco. Neste ano, o ranking conta com 68 categorias, que vão desde alimentos e bebidas até tecnologia e serviços. Além do caderno especial no JC, a 25ª edição do Recall contará ainda com uma revista digital com diversas funcionalidades sobre as marcas mais lembradas. A premiação, tão esperada pelos envolvidos, ocorrerá amanhã à noite.
Sem álcool
Em 2022 a cerveja sem teor alcoólico superou a marca de 390 milhões de litros, num crescimento de 37%, sobre 2021 (284 milhões/litro). De acordo com projeções da Euromonitor, as vendas de cervejas non/low devem ultrapassar o volume de 480 milhões de litros no Brasil em 2023. Não é um fato isolado. No mundo, as vendas da cerveja zero álcool superaram o volume de 6,5 bilhões de litros no último ano e para 2023, a projeção de crescimento é de 5,7% movimentando US$ 10 bilhões. O Brasil é o terceiro maior produtor de cervejas do mundo, atrás da China e Estados Unidos e adotou de vez a versão sem álcool nos últimos dez anos.
Alimentos
A Fecomércio-PE lançou nesta segunda-feira(22), a Câmara Pernambucana de Gêneros Alimentícios, que será coordenada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Recife (Sindvarejista-PE), Edvaldo Guilherme dos Santos.