
Morreu, nesta quinta-feira (2), em Salvador, o empresário pernambucano Adalberto de Souza Coelho, 16º dos 17 filhos do casal Clementino de Souza Coelho e Josefa Maria de Souza Coelho, que fundaram, na década de 50, o Grupo Coelho, com atuação em diversos ramos da economia sertaneja.
Adalberto Coelho foi um dos irmãos Coelho que não se envolveram com a política, mesmo quando seu irmão Nilo se elegeu governador de Pernambuco, iniciando uma linhagem de políticos como Oswaldo, Paulo, Geraldo, na segunda geração Fernando e Guilherme Coelho, e agora, já na terceira, Fernando Filho, deputado federal, Miguel, ex-prefeito de Petrolina, Antonio Coelho, reeleito deputado estadual.
Na verdade, ele disputou e venceu apenas uma eleição para vereador em Petrolina, na legislatura de 1955 a 1959. Depois dessa experiência, ele decidiu atuar apenas com empresário, onde teve sempre teve uma presença mais ativa.
O empresário morreu de falência renal, no Hospital Aliança, em Salvador (BA). Ele estava internado desde o dia 23 de fevereiro. Era viúvo de Ivete Sampaio de Souza Coelho, deixa dois filhos: Osvaldo e Augusto, e quatro netos: Isabela, Gabriel, Leonardo e Sofia. O prefeito de Petrolina, Simão Durando, decretou luto oficial no município pela morte do empresário e ex-vereador.
Era conhecido pela sua ligação com a pecuária, e dentro do Grupo Coelho era responsável pela exportação dos produtos da empresa de couros do grupo, o Curtume Moderno. Pessoalmente, ele foi pecuarista de gado no município de Cotegipe, Oeste da Bahia.
O Curtume Moderno, de Petrolina (PE), é considerado um dos três mais tradicionais curtumes brasileiros, ao lado da Rusan, de Lajeado (RS), Couros Bom Retiro, de Teutônia (RS) e Curtume Moderno, de Petrolina (PE).
Em 2017, ele esteve no Brazilian Leather, projeto de incentivo às exportações de couro brasileiro realizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que desenvolveu o selo Design na Pele, criado para diferenciação aos produtos da marca Kildare.
Na verdade, Adalberto esteve entre os grupos de empresário do Nordeste que começaram a criação de gado bovino, aquela que viria a ser a maior região da Bahia. Foi esta região que, após a consolidação da presença da agropecuária, deu lugar para a agricultura de milho, soja e feijão que mudaram a economia da região oeste da Bahia.
Foi diretor do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia – Sindifibras, Sindicato da Indústria da Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas da Bahia – Sincaol e Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso da Bahia.
Segundo seu sobrinho e ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho Adalberto cuidou desde o início das exportações do Grupo Coelho, nas décadas de 80 e 90, sendo também um defensor da pecuária, como criador de gado.
E também atuou como líder sindical patronal e ocupou cargos na Confederação Nacional da Indústria. Em 2021, esteve em Guanambi para a inauguração de um Centro de Formação Profissional que recebeu o nome do seu irmão, Nilo Coelho.
Nos últimos anos, ele preferiu se estabelecer na Bahia, onde morava. A cerimônia de cremação será realizada no Cemitério Campo Santa em Salvador (BA).
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