PREÇO DISPAROU

Por que a cenoura está tão cara?

Quilo do produto está sendo vendido em média a R$ 8 no Ceasa-PE. Preço deve permanecer em alta por algum tempo

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 18/03/2022 às 16:10
BRENDA ALCÂNTARA/ACERVO JC IMAGEM
LEGUME Preço do quilo da cenoura deveria estar em R$ 3, mas custa R$ 11 - FOTO: BRENDA ALCÂNTARA/ACERVO JC IMAGEM
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Há exatamente um ano, em 18 de março de 2021, o preço do quilo da cenoura no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) era de R$ 2,00, em média. Hoje, o valor para o atacado fica entre R$ 150 e R$ 170 para a caixa com 20 quilos. No varejo, a média é de R$ 8,00 o quilo. Isto, para a compra no Ceasa, porque em supermercados é comum encontrar o vegetal acima dos R$ 11,00 quilo.

"Se não tivesse acontecido nenhum problema, hoje a cenoura deveria estar custando entre R$ 2,50 e R$ 3,00 o quilo", diz Paulo de Tarso, diretor de operações do Ceasa. Mas, o problema maior que atrapalhou a safra deste ano, além do aumento nos custos logísticos,  foram as fortes chuvas ocorridas, em janeiro e fevereiro, na Bahia, principal produtor do País. "Outros estados produtores, como São Paulo e Minas Gerais, também foram afetados pelas chuvas, fazendo com que o que se salvou da safra baiana também seguisse para esses estados", diz Paulo de Tarso.

LOCAL

Em Pernambuco, a produção de cenouras é concentrada no Agreste, sobretudo na região de Brejo da Madre de Deus, mas a safra local não é suficiente para atender a demanda. "O consumo de cenoura cresceu muito no estado. Por semana, são comercializadas aqui no Ceasa cerca de 150 toneladas, chegando a até 800 toneladas por mês", diz o diretor de operações da central de abastecimento. 

Paulo de Tarso acredita que o preço deva permanecer em alta por algum tempo, até que a safra perdida na Bahia seja reposta. Mas, a boa notícia, digamos assim, é que o preço da cenoura "bateu no teto", ou seja não deve aumentar mais do que já está. "Deve haver uma estabilidade e, até o final deste ano, uma redução de preço com o aumento da oferta do produto", estima Paulo de Tarso.

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