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Com aprovação do último empréstimo solicitado por Raquel, estado completa os R$ 11 bi de investimentos previstos até o final de 2026

Pernambuco somará empréstimos obtidos pela governadora em três anos de mandato para alavancar projetos como o Arco Metropolitano iniciado esta semana

Por TEREZINHA NUNES Publicado em 16/12/2025 às 8:22

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Através de acordo fechado entre os poderes Legislativo e Executivo, a Alepe aprovará esta terça-feira o empréstimo de R$1.7 bi solicitado pela Governadora Raquel Lyra para ser viabilizado em 2026. Com esta última autorização, Pernambuco somará R$ 11 bi de empréstimos obtidos pela governadora em seus três anos de mandato para alavancar projetos estruturadores como o Arco Metropolitano, iniciado esta semana, a continuidade da duplicação da BR 232, a recuperação da malha viária de todas as regiões , em andamento, além de investimentos em saúde, educação e segurança.

Segundo o Governo do Estado, já neste ano de 2025, Pernambuco está recebendo R$5 bilhões em investimento e chegará aos R$7.5 bi em 2026. O secretário de planejamento Fabrício Marques afirma que este “é o maior aporte de investimentos feito em Pernambuco nos últimos 15 anos”. Por essa razão foi muito comemorado nos corredores do Palácio das Princesas o acordo fechado com a Assembleia esta segunda para que, além do empréstimo, se vote esta terça a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LOA – que permitirá a execução do orçamento de 2026 sem atropelos.

O que mais se ouvia esta segunda-feira dos deputados estaduais eram demonstrações de alívio. Sem acordo, temia-se não só pela descontinuidade de projetos já iniciados como pelo que estava por vir caso a LOA não fosse aprovada. Da parte do Legislativo o temor era não ter até o final do ano a aprovação do acordo com o TCE que vai dar à Alepe um percentual maior para gastos com pessoal. Também se temia que não fosse assegurado o aumento do percentual de emendas parlamentares ou que a governadora, diante do impasse, não assinasse um decreto permitindo remanejamento do orçamento da Alepe este ano para assegurar o pagamento do salário de dezembro dos funcionários.

Na verdade, foi o decreto que permitiu por volta das 15 horas desta segunda que o acordo fosse fechado. O Palácio já havia feito uma contraproposta adiando para 2029 o percentual de 1.55 % da Receita Corrente Líquida para as emendas parlamentares – a Alepe queria que a aplicação se desse já em 2027 – mas a Mesa Diretora da Alepe resistia a ceder intrigada com o não cumprimento do primeiro ítem do acordo que vinha sendo desenhado que era a assinatura pela governadora até sexta-feira passada do decreto solicitado. Mas quando os deputados Antonio Moraes e Socorro Pimentel foram ao gabinete do presidente com a peça assinada por Raquel, a paz foi estabelecida.

Na pressa para votação 9 governistas faltaram

Demorou tanto o acordo entre a Alepe e o Palácio que não se acreditava mais na possibilidade da sessão plenária da Alepe acontecer esta segunda. Nem mesmo o almoço projetado pela Mesa Diretora para reunir governistas e oposicionistas foi suficiente. Às 14 horas quando, normalmente, o painel eletrônico do plenário é acionado embora a sessão comece por volta das 15 horas, o plenário estava completamente vazio e a informação que chegara do gabinete da presidência era que a sessão teria sido cancelada. Pouco depois, no entanto, houve o recuo e os deputados foram acionados para ocupar os seus lugares. Na pressa, 9 governistas não estavam presentes, mas as ausências foram supridas pela oposição para garantir 36 votos registrados.

CCLJ aprecia projetos da governadora esta terça

Além dos projetos principais que serão votados esta semana pela Alepe, nesta terça a Comissão de Justiça apreciará cerca de duas dezenas de outros projetos do Executivo enviados ao Legislativo no final de novembro. Mas, segundo o presidente da Comissão, deputado Alberto Feitosa, não devem haver surpresas pois as matérias não são polêmicas. Tanto que o que for aprovado hoje poderá entrar na pauta do plenário ainda esta terça com as demais comissões dando seus pareceres na hora da votação.

Pergunta que não quer calar

Quem foram os perdedores ou vencedores da queda de braço entre os poderes Legislativo e Executivo que durou mais de seis meses?

 

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