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Mobilidade urbana

Testamos o Fiat Mobi e comprovamos que ele se dá bem no seu ambiente natural que é o trânsito das cidades

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 13/10/2016 às 12:50
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Testamos o Fiat Mobi e comprovamos que ele se dá bem no seu ambiente natural que é o trânsito das cidades - FOTO: Divulgação
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Quando a Fiat apresentou o Mobi, em abril deste ano, a novidade não animou muito os colegas da imprensa especializada. A proposta de um Uno menor pareceu estranha. Outras críticas falavam do emprego da mecânica antiga, também herdada do Uno. Motor 1.0 de quatro cilindros e direção hidráulica, quando os carros novos chegam com motor de três cilindros e direção elétrica para economizar combustível. Além disso, o visual era polêmico. Os mais maldosos diziam se tratar de um cruzamento de Freemont com Up!. De fato, a dianteira avantajada e a traseira curta dão ao Mobi um aparência, digamos, bem diferente. Para ser honesto, de fato, o carro traz a mesma mecânica do seu irmão maior, mas a plataforma de construção é outra, completamente nova.


Hoje, depois de seis meses de mercado, o Mobi vai muito bem, obrigado. Vende mais que o Up! e parece que foi compreendido na sua proposta de carro urbano. Aliás, é assim que ele funciona melhor. Com apenas duas pessoas a bordo e rodando na cidade. O Mobi é o menor carro produzido no Brasil, com 3,58 metros e porta-malas de 235 litros. Ou seja, não é o mais indicado para aquela viagem com a família e nem para acomodar as compras do mês de supermercado. Mas para quem quer um carro ágil e econômico para os deslocamentos do dia-a-dia, ele vai bem. Uma boa pedida como o segundo carro da casa ou o primeiro de jovens estudantes.

MOBI

Outra explicação para a boa aceitação do Mobi é que a Fiat sabe vender modelos populares, coisa que vem desde o antigo Uno Mille. O Fiat Mobi é oferecido em seis versões, todas com motor 1.0 de 75 cavalos e câmbio manual. A mais barata, a Easy, custa a partir de R$ 32.380. Não é um bom negócio porque vem pelado, sem ar e com direção mecânica. É mais voltado para empresas. O Easy On, com ar e direção, sai a partir de R$ 36.340. A versão mais cara do Mobi custa a partir de R$ 44.460. É a versão aventureira Way On, que traz suspensão elevada e agrega alguns mimos como computador de bordo e painel digital.



Conviver com o Mobi requer uma certa acomodação às suas características. O visual é do tipo ou gosta, ou odeia ou acaba se acostumando. A traseira, completamente reta, traz a curiosa tampa do porta-malas toda de vidro. Ela é sempre preta, independente da cor da carroceria. Por dentro, ele lembra demais o Uno, no painel, comandos e volante. O bom acabamento interno é um ponto positivo. Mas, se você tem mais de 1,80 metro e gosta de dirigir com o banco recuado, desista de dar carona aos amigos no banco de trás. No Mobi cabem cinco pessoas fácil no documento do carro. Na prática, é preciso que todos tenham baixa estatura. No porta-malas cabem sacolas pequenas. Claro, dá pra aumentar o espaço rebatendo facilmente os encostos do banco traseiro. Rodando, ele é um carro correto. A mecânica, mais que conhecida, não traz surpresas. Na prática, o Mobi é um Uno que ocupa menos espaço na garagem e é tão econômico quanto. Fez média de 14 km/litro de gasolina num circuito cidade/estrada.

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