Canadá

Pequena e graciosa Niágara

Aconchegante e tranquila, Niagara-on-the-Lake seduz o visitante com seu estilo inglês e rota de vinhos

Luiza Modesto
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Publicado em 17/08/2013 às 7:30
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FOTO: NE10
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Era um dia nublado, chuvoso, frio, típico de final de novembro. Mas, acredite, nada disso foi capaz de arranhar a imagem charmosa da pequena cidade do sul canadense, distante apenas 15 minutos de Niagara Falls. Situada à margem do Lago Ontário e do rio que dá nome ao lugar, Niagara-on-the-Lake parece ter pulado das páginas de uma revista britânica de turismo, de tão certinha e graciosa.

Luiza Modesto/Especial para o JC
Relógio na torre vermelha corta a charmosa Queen Street - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Cidadezinha não nega seu passado de colônia inglesa - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Bebebouro de ferro é destaque na calçada da Queen - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Vida pacata é um dos atributos de Niagara-on-the-Lake - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Starbucks café marca presença em estilo colonial britânico - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Fábrica de chocolate é uma das opções gastronômicas - Luiza Modesto/Especial para o JC
Divulgação
Na rota do vinho da região, a Peller Estates é parada obrigatória - Divulgação
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A Peller também conta com restaurante de alta gastronomia e butique com produtos à venda - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Ambiente e serviço do restaurante da Peller são irrepreensíveis - Luiza Modesto/Especial para o JC
No menu fechado, cliente pode optar por creme de cebola fantástico, harmonizado com vinho, claro -
Na entrada, encontram-se também apetitosos mexilhões pretos -
Vieiras trufadas estão na lista dos pratos principais, servidas com chardonnay reserva 2010 -
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Chocolate pot-de-crème fecha o menu de quatro pratos - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Na butique da Peller, há icewine de vários tipos de uvas - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Niagara-on-the-Lake está a apenas 15 minutos da catarata que leva o mesmo nome da cidade - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Nos corredores embaixo de Niagara Falls, você fica sabendo quais foram os famosos que estiveram lá - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Algumas pessoas já pularam nas águas de Niagara. Annie Taylor foi a primeira em 1901 e saiu viva - Luiza Modesto/Especial para o JC
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A força da queda-d'água sentida de perto é uma experiência incrível - Luiza Modesto/Especial para o JC
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Estes veículos ainda são usados para atrevessar o rio e pisar na margem norte- americana - Luiza Modesto/Especial para o JC
Divulgação/CCT
Icewine, ícone do Canadá - Divulgação/CCT

A Queen Street é uma prova de que o estilo inglês de ser fala alto por lá. Basta botar os olhos na arquitetura ao longo da via principal. Nela, nativos e turistas se misturam para bater perna, fazer compras, ou simplesmente socializar. As nuvens acinzentadas, prometendo chuva, não incomodaram ninguém. O clima, aliás, é mais uma desculpa para escolher com calma lembrancinhas, provar as delícias do lugar, ou tomar um chocolate quente, ou tudo isso junto.

No meio da rua, um relógio instalado no alto da torre avermelhada, é um dos ícones a ser registrado pelas lentes das câmeras dos turistas. Serve também como ponto de referência para quando chegar a hora de voltar à estrada. Afinal, é fácil perder o foco entrando e saindo das lojinhas. Chocolaterias, antiquários, cafés, butiques, chapelaria, empório de produtos gourmet, casa de suvenires e enfeites de Natal atraem todos a praticar o footing na Queen.

Niagara-on-the-Lake não é queridinha dos nativos só pela beleza natural ao redor e pela vida pacata que oferece aos moradores. Ela tem um passado histórico rico. Entre 1792 e 1796, foi elevada pelos ingleses colonizadores à capital do Canadá Superior. Vale lembrar que a cidade surgiu da compra de terras dos índios mississaugas pelo governo britânico em 1781. Um ano depois, uma vila tomava corpo com a chegada de 16 famílias. O vilarejo prosperou e até chegou a ser chamado de Newark.

Logo a nova colônia atraiu a atenção dos norte-americanos, fincados do outro lado do Rio Niágara. Na Revolução de 1812, os súditos da rainha enfrentaram os vizinhos invasores. A guerra destruiu quase todo o povoado, sobrando em pé parte do Forte Niágara. Reconstruído depois, hoje um patrimônio da cidade.

História à parte, a região é um paraíso para os apaixonados por vinho. O solo, o clima, a geografia formam uma combinação perfeita para a produção da bebida de Baco pelas diversas vinícolas espalhadas nas proximidades de Niagara-on-the-Lake. A rota do vinho, aliás, é um dos motivos que levam o viajante a fazer um pit stop naquelas paragens.

A Peller Estates Winery (www.peller.com) é uma das vinícolas que merecem ser visitadas. Nos seus 180 hectares são cultivados cinco tipos de uvas, que dão origem a vinhos de características diversas, entre eles o delicioso e também trabalhoso icewine, representativo da região. Trabalhoso porque pede condições climáticas especiais (neve por quatro a cinco dias seguidos e temperatura sem grandes variações), além de colheita manual. O preço reflete os cuidados na fabricação. Uma garrafa de 375 ml custa de 34 a 90 dólares canadenses.

Mas nem só com vinhos a Peller Estates conquista o visitante. A vinícola possui um restaurante de alta gastronomia, onde é oferecido menu fechado (entrada, prato principal e sobremesa, devidamente harmonizados com vinho) por 58 dólares canadenses. Irrepreensível. Esse é um detalhe que só comprova: o Canadá é uma tentação aos cinco sentidos.

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