
Um dia após o site da revista Veja publicar a informação que o ex-deputado federal e candidato a prefeito do Recife João Paulo é réu em dois processos de improbidade administrativa, o advogado do petista se pronunciou sobre o assunto. Por meio de uma nota, os advogados Antonio Henrique Wanderley e José Henrique Wanderley refutam a reportagem, cujo conteúdo foi reproduzido pelo Jornal do Commercio.
De acordo com a Veja, João Paulo é réu em um processo de improbidade administrativa por ter feito uma viagem de 18 dias para a China, Japão, Índia e França em 2007 paga com dinheiro público quando administrava a capital pernambucana. A publicação também cita que o ex-prefeito do Recife é réu em outro processo por ter contratado “o Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas, sem licitação, no valor de R$ 3,8 milhões de reais”.
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De acordo com os advogados de João Paulo, a Justiça se manifestou em relação à viagem internacional por meio de uma ação cível movida pelo Ministério Público de Pernambuco em que se pede o reembolso de despesas com passagens aéreas e estadia pagas pelo município. Ainda segundo os advogados, o juiz de primeira instância extinguiu o processo sob o fundamento de não comprovação de improbidade administrativa.
O que houve, recentemente, segundo a defesa do petista, foi o fato da 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco ter reformado a decisão e determinado o prosseguimento do processo, "a fim de propiciar ao Ministério Público a comprovação das acusações lançadas na petição inicial".
Os advogados de João Paulo afirmam também que a contratação do Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas está sendo tratada como ação judicial cível. A defesa do petista enfatiza que "a decisão judicial, referida no noticiário, determinou o prosseguimento do processo para apuração desses fatos, quando certamente será comprovada a regularidade da contratação administrativa".
Ao lado dessa ação cível, dizem os advogados de João Paulo, o Ministério Público ajuizou uma ação penal contra o ex-prefeito, mas que já foi "definitivamente julgada improcedente".
EXPLICAÇÕES
As ações envolvendo João Paulo são decorrência de um pedido de informações feito pela deputada estadual Priscila Krause (DEM) quando era vereadora do Recife e integrava a oposição à gestão petista. Na briga pela prefeitura da capital pernambucana, a democrata hoje é adversária do petista, do deputado Daniel Coelho (PSDB), do deputado estadual Edilson Silva (PSOL) e do prefeito Geraldo Julio (PSB), que tentará a reeleição.
Em conversa com a reportagem do Jornal do Commercio na última quarta-feira, João Paulo minimizou o assunto, frisou que está tranquilo e que mais esclarecimentos poderiam ser dados pelo advogado Henrique Wanderley, que se pronunciou por meio de uma nota.
“Não é meu papel analisar a Justiça ou Priscila”, disse. O petista ressaltou que não vê relação da ação da Justiça com a proximidade da campanha eleitoral, mas advertiu que há um “ambiente político carregado”. “Essa campanha a gente sabe como começa, mas não como termina. Vai ser uma guerra”, falou.
Priscila Krause comentou a decisão da Justiça também na última quarta-feira assim que desembarco no Recife após uma viagem a São Paulo para compromissos de sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife. "Esse é o resultado que a gente fez e faz de vigilância. Não sei a questão do trâmite, mas espero que tudo seja averiguado. O ideal é que fosse de forma mais célere, mas é um resultado positivo mesmo que demorado. Os atos podem ter consequência", declarou.
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