RUMO ÀS ELEIÇÕES

Eduardo define candidatura após muita fritura nos bastidores do PSB

Montagem da chapa socialista chega ao fim repleta de rusgas políticas. Processo de "fritura" inviabilizou nomes ligados ao governador

Bruna Serra
Cadastrado por
Bruna Serra
Publicado em 21/02/2014 às 6:11
Igo Bione/JC Imagem
Montagem da chapa socialista chega ao fim repleta de rusgas políticas. Processo de "fritura" inviabilizou nomes ligados ao governador - FOTO: Igo Bione/JC Imagem
Leitura:

Em meados de dezembro de 2013, durante uma entrevista à Rádio Jornal, o governador de Pernambuco afirmou que iniciaria as conversas com os partidos aliados para definir a chapa que representaria a Frente Popular nas eleições deste ano. Exatos dois meses depois, chega ao fim a negociação com muitas vítimas e um PSB repleto de rusgas políticas. Durante os 90 dias que marcaram o fechamento da chapa, muitos integrantes do governo tiveram seus nomes aventados.

Um processo de fritura de diversos integrantes do PSB correu solto nos bastidores políticos. O primeiro a ter seu nome cogitado foi o secretário de Casa Civil, Tadeu Alencar. É de domínio público que ele vinha sendo preparado para assumir o posto de candidato. Entretanto, uma parte do PSB que o considera neófito no partido começou um movimento para evitar que ele fosse o escolhido. Era Tadeu Alencar o nome favorito de Eduardo Campos.

O governador não conseguiu, contudo, quebrar a resistência de correligionários ao nome do secretário e caso insistisse na escolha terminaria por externar à sociedade um processo pouco democrático, o que não casa com a imagem que ele planeja apresentar nacionalmente durante a disputa à Presidência da República.

Desse imbróglio nasceu o nome de Paulo Câmara, secretário de Fazenda. Os socialistas mais ligados a Tadeu Alencar devolveram então a fritura e alguns até passaram a chamar o secretário de “contadorzinho de imposto” em bares do Recife. Novo processo de fritura, até que Paulo Câmara tivesse seu nome fora dos noticiários.

A terceira via aventada foi o ex-deputado federal Maurício Rands, primo da primeira-dama, Renata Campos. Em fevereiro, Rands concedeu entrevista ao JC, falou sobre a disputa e criticou seu ex-partido, o PT. Saiu de cena quando veículos da Imprensa nacional escreveram sobre a possibilidade de Campos fazer uma “sucessão em família”.

Antes que Paulo Câmara voltasse ao topo da lista, circulou ainda a versão de que o secretário de Cidades, Danilo Cabral, seria o escolhido. Novas reações nos bastidores, inclusive na Assembleia Legislativa.

Desde a segunda (17), firmou-se de novo a versão de que o secretário de Fazenda assumiria, de fato, o posto de candidato. Com o PSB vivendo ainda as sequelas de um processo longo de escolha, seu nome foi definido.

Últimas notícias