
Em iniciativa do vereador Leonel Brizola (PSOL), neto do ex-governador do Rio de Janeiro, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, recebeu moção de louvor na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, prática corriqueira nas atividades legislativas. Kim é acusado por organizações, como a Anistia Internacional, de diversas violações de direitos humanos. Entre estas, está a detenção de 120 mil pessoas como presos políticos.
Como justificativa, o vereador afirma que a homenagem ao mandatário norte coreano se justifica por “todo esforço de seu povo e de seu Máximo Dirigente (...) na luta pela reunificação da Coreia e a necessária busca da paz mundial”.
Segundo o jornal O Globo, que noticiou o fato, chegou a ocorrer uma reunião organizada pelo Centro de Estudos da Política Sonho do Brasil entre o vereador e representantes diplomáticos da Coreia do Norte. O embaixador norte-coreano no País, Kim Chol-hok, também foi homenageado por Leonel Brizola.
Justificativa
Em nota enviada ao jornal, o gabinete do vereador alegou que não é saudável “isolar e discriminar” a Coreia do Norte. A nota afirma que a homenagem tem como intuito contribuir para o processo de pacificação das Coreias.
“A unificação e desnuclearização da região é de interesse global. Não faz bem para o mundo isolar e discriminar a RPDC. Pelo contrário, com base na autodeterminação dos povos, é vital que tenhamos boas relações com Pyongyang e que possamos usar o histórico de paz e concórdia que o Brasil acumulou através dos tempos para contribuir nesse processo de pacificação”, diz o texto. “No momento em que o Itamaraty se encontra acéfalo, os poderes legislativos, municipal e estadual, ganham grande importância na pasta de Relações Internacionais, principalmente a cidade do Rio de Janeiro que está sempre de braços abertos para todos.”
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