A estreia do técnico Doriva não mudou o panorama do Santa Cruz que, ao cair por 1×0 diante do Fluminense, chegou ao sétimo jogo seguido sem vencer. Pior ainda, foi a quarta derrota consecutiva dentro no Arruda. Os campeões do Nordeste ficam estacionados nos 19 pontos na vice-lanterna do Brasileirão. O Flu chegou ao oitavo lugar, com 31 pontos. Na próxima quarta, os corais enfrentam o Sport, pela Copa Sul-Americana, na Arena Pernambuco.
Quem se acostumou com o Santa Cruz posicionado nos 50 metros de seu campo defensivo teve uma grata surpresa ao ver a linha de meio de campo marcando mais à frente. Bom para evitar a pressão do adversário. Seria melhor ainda para manter a bola mais perto do gol, mas aí faltou variar mais o caminho para o ataque. Como Keno estava fixo na esquerda, ele era a válvula de escape. Sempre bem vigiado, teve muito a bola mas não transformou tanta posse em situação de gol. Ele só conseguiu criar uma boa chance aos 12 minutos quando rolou para o meio e Gum afastou de chutão.
Matías Pisano procurava sempre o corredor central, deixando Léo Moura isolado. O Fluminense, como estava bem marcado, chegava pouco. Mas quando o Tricolor do Arruda deu uma brecha, conseguiu o gol. Numa cobrança de escanteio pela direita, Tiago Cardoso trombou com a defesa e a bola sobrou limpa para Henrique Dourado completar para as redes. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
O gol fez o time da casa forçar ainda mais o jogo pelo lado esquerdo. Keno sempre encontrava os cariocas com a marcação dobrada e pouco pôde fazer. A melhor chance de empate veio na bola parada. Uillian Correia cabeceou para o meio da pequena área e Gum apareceu para dar um chutão providencial.
Os corais voltaram para o segundo tempo com Lelê e Arthur nos lugares de Derley e Grafite, respectivamente. De início, as alterações deram a perspectiva de algo bom porque o Santa conseguiu encurralar o Fluminense. A bola começou a rondar a área carioca mas finalizar que é bom tornou-se difícil sem um centroavante específico. Por mais que Grafite não estivesse no melhor de sua mobilidade poderia ter contribuído.
O resultado eram bolas cruzando a área sem ninguém para concluir e facilitando as rebatidas de Gum. Lelê, quando conseguiu chutar uma, mandou nas nuvens para irritação da torcida. O jogo ficou feio de se ver, já que de um lado havia a bola mas não havia qualidade para levá-la ao gol. Do outro, apenas rebatidas sem organização para contra-atacar. Num momento isolado, Gustavo Scarpa tentou por cobertura e mandou para fora aos 15 minutos.
Para se ter uma ideia da nulidade dos jogadores do setor ofensivo coral, as melhores oportunidades saíram dos pés de Léo Moura. Na primeira, tabelou com João Paulo e chutou por cima. Na segunda, cruzou e a bola bateu no braço de Henrique.
Ficha do jogo:
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Léo Moura, Luan Peres, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Derley (Lelê) e João Paulo; Matías Pisano, Keno e Grafite (Arthur). Técnico: Doriva.
Fluminense: Diego Cavalieri, Wellington Silva (Igor Julião), Gum, Henrique e William Matheus; Douglas, Edson e Gustavo Scarpa; Danilinho, Wellington e Dourado (Samuel). Técnico: Levir Culpi.
Brasileirão (21ª rodada). Local: Arruda, Recife (PE). Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP). Auxiliares: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP). Gols: Henrique Dourado, aos 29 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Igor Julião e Edson. Público: 8.279.
