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Clô fazia roupas para mulheres inteligentes

Estilista apostava no minimalismo

Carol Botelho
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Carol Botelho
Publicado em 29/03/2013 às 6:00
Nino Andrés
Estilista apostava no minimalismo - FOTO: Nino Andrés
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Defensora ferrenha de uma moda minimalista, a estilista Clô Orozco não costurava, ela construía a roupa, como se fosse um projeto arquitetônico. A modelagem, portanto, era o que mais importava no processo criativo de suas coleções.

Adepta da praticidade, ela não criava pensando em peças separadas, mas sempre no look completo. “Quem veste a marca são mulheres inteligentes, independentes e estilosas, que preferem destrinchar um livro de filosofia a ficar pincelando peças aqui e ali. Mais fácil se identificar com um estilista e deixar looks montados no armário”, disse em entrevista a este JC, quando esteve no Recife para lançamento de uma coleção há dois anos. 

Naquela época, Clô se mostrava desiludida com a moda e declarou que as pessoas estavam perdendo a identidade em favor do fashionismo e, consequentemente, dos excessos. Ela detestava mulheres com look overdressed: enfeitadas demais. Ela começou a desenhar, nos anos 70, justamente porque não encontrava por aqui roupa que lhe servisse.

Além da Huis Clos, sua marca principal, Clô também criou a grife Maria Garcia, com identidade mais jovem, mais ligada em tendência e menos conceitual do que a grife-mãe. “É para liberar a louquinha que existe em mim”, declarou na mesma entrevista. 

A última vez que a Huis Clos desfilou na São Paulo Fashion Week foi na edição de inverno 2013, em janeiro do ano passado.

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