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Thais Gulin fecha turnê do segundo CD

Cantora paraense se apresenta no Sta Isabel e no FIG

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 23/07/2013 às 6:00
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A paraense Thais Gulin faz hoje, no Teatro de Santa Isabel, o primeiro show no Recife, ao mesmo tempo em que encerra a turnê do álbum ôÔÔôôÔôÔ, depois de viajar, desde junho de 2011, pelo Brasil e exterior. Quinta-feira, ela será uma das atrações no palco principal do FIG, na Esplanada Guadalajara: “Ao longo deste tempo, tirei e acrescentei um monte de coisas, embora o roteiro permaneça, claro, baseado no segundo disco. Com estes shows em Pernambuco, eu fecho um ciclo, já com o DVD da turnê gravado, Curitiba. Além do show, o DVD tem trechos da turnê europeia, que passou por Portugal e chegou à Rússia E começando a passar para um novo disco. Mas não estou dedicada ainda a compor. Sei que mais adiante vou começar e abrir para parcerias”, diz a cantora, em entrevista por telefone, do Rio, confessando-se “superansiosa” para cantar no Recife.
Será o primeiro show, mas não a primeira vez que canta em um palco na cidade: “Participei da abertura do carnaval deste ano, cantando, no Marco Zero, com Elba, Coisa acesa, um frevo de Moraes Moreira, foi uma ótima experiência, e fiquei encantada, com a riqueza musical do Carnaval daí”, diz Thais, mais afeita a recintos fechados, embora conte que já encarou multidões como a que enfrentará no FIG, como na virada cultural carioca, e nos 80 anos do Cristo Redentor.
Nestes dois anos, ela foi se libertado do “namorada de Chico Buarque”, que cada vem menos se tornou um apêndice de seu nome, na imprensa. Ela despertou atenção desde a estreia em disco, em 2007, com um discreto lançamento do álbum Thais Gulin, pela Rob Digital. A voz equiparava-se em qualidade ao repertório, de escolha afiada, atando novos e velhos em canções que fugiam do óbvio; Foi de Lua cheia (Chico Buarque/ Toquinho), a Cisco (Carlos Careca/Zeca Baleiro), passando por Histórias de fogo (Otto/ Alessandra Negrini), até uma tímida amostra de seus dons autorais, em duas parcerias com Arrigo Barnabé (Cinema incompleto – Núpcias), e Rogério Guimarães (A vida da outra – dela – ou eu).
ôÔÔôôÔôÔ é um disco que também se adapta mais ao teatro, pela particularidade do repertório. Afinal, quantas das milhares de pessoas na plateia do FIG conhecem Little boxes, canção folk americana, pinçada de discos de Peter Seeger, com uma esquecida versão de Nara Leão nos anos 60? Quase todas as canções do álbum são pouco conhecidas, mesmo que feita por autores como Tom Zé (Ali sim, Alice), Jards Macalé (Revendo amigos, com Waly Salomão), e cinco composições dela, sozinha ou com parceiros. Uma delas chama-se Frevinho (parceria com Moreno Veloso). A mais conhecida acaba sendo Se eu soubesse, que Chico Buarque compôs para ela (e gravaram juntos).
“Os dois shows serão um pouco diferentes, em Garanhuns devo colocar outras músicas, mas não definimos ainda. O repertório tem musica dos dois discos, mais algumas que fui adicionando, feito Até pensei, de Chico, que gravei para a novela da Globo, Aliás, vai ser a primeira vez que canto esta música ao vivo”.
 Show ôÔÔôôÔôÔ, com Thais Gulin e banda, hoje, 20h30, no Teatro de Santa Isabel, Ingressos: R$20 e R$ 10. Fone: 3355-3323 e 3355-3324[/SERVIÇO-SEM]

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